2025 será o ano dos carros híbridos no Brasil; será o fim dos veículos à combustão?

Próximo ano marca um avanço significativo no mercado automotivo brasileiro com a introdução de carros híbridos flex, impulsionando a transição energética. Será que vinga?

O mercado automotivo brasileiro está prestes a vivenciar uma transformação impactante. Ainda em 2024, os consumidores terão acesso a modelos de carros híbridos, como o BMW X5 plug-in e versões leves da Fiat. Esses veículos são parte de uma estratégia maior para descarbonizar o setor e reduzir as emissões de gases poluentes.

Em maio de 2025, a montadora GWM iniciará a produção do Haval H6 em São Paulo. Este será o primeiro híbrido plug-in fabricado localmente sob o programa federal Mover. Essa iniciativa visa fornecer incentivos fiscais para fomentar a produção de veículos mais limpos e inovadores.

Com o apoio do programa Mover, o Brasil adere à crescente tendência global de eletrificação automotiva. Embora tardia, a decisão de investir em tecnologias híbridas busca competir com as políticas já adotadas na Europa, Estados Unidos e Ásia.

O papel do híbrido leve na transição energética

Foto: Shutterstock

O híbrido leve, especialmente aqueles com motor flex, emerge como uma solução acessível para muitos brasileiros. Embora não ofereça a experiência completa de um veículo elétrico, esses modelos combinados com o etanol são vistos como uma chave para a descarbonização e democratização da eletrificação automotiva.

Impulso internacional e expertise brasileira

A expertise brasileira em biocombustíveis abre portas tanto nacional quanto internacionalmente. O interesse indiano em aprender sobre o uso do etanol ilustra o potencial do Brasil em exportar conhecimento. Este domínio técnico contribui para fortalecer parcerias e ampliar o mercado global de biocombustíveis.

Cenários futuros para o mercado automotivo brasileiro

  • Transição acelerada: 54% das vendas serão de veículos híbridos e elétricos em 2030.
  • Transição gradual: 65% dos veículos novos serão eletrificados até 2035.

A Anfavea, em colaboração com o Boston Consulting Group, projetou que, independentemente do cenário, o futuro da indústria automotiva no Brasil aponta para um mercado cada vez mais eletrificado.

Desafios e perspectivas

Apesar dos avanços, a questão da fiscalização da frota antiga permanece. A criação de políticas públicas para inspecionar e renovar veículos torna-se essencial. A remoção de carros antigos e poluentes poderá ser tão impactante quanto a introdução de novos modelos híbridos e elétricos.

Por fim, 2025 não será apenas um ano de lançamentos, mas um marco para a transformação do setor automotivo brasileiro rumo à sustentabilidade e inovação tecnológica.

você pode gostar também