5 perguntas sobre pneus todo o motorista precisa saber responder

Verdades e mentiras a respeito de um dos componentes mais importantes do veículo devem estar na ‘ponta da língua’ do condutor.

O pneu é um dos componentes mais importantes de qualquer veículo, por isso, mantê-lo bem conservado deve ser uma prática de todos os motoristas. O problema é que existem muitas dúvidas a respeito do produto que nem mesmo as próprias fabricantes costumam responder.

Em uma época de tamanha circulação de informações, fica ainda mais difícil saber o que é verdade e o que é mentira no mundo automotivo. Por isso, selecionamos algumas perguntas e respostas sobre os pneus que vão te auxiliar muito na hora de comprar, calibrar e manter os itens do seu carro.

Perguntas e respostas sobre os pneus

Qual a durabilidade?

Depende. A validade varia com fatores como peso, velocidade, tipo de solo, estilo de direção e outros. O prazo não costuma ser informado pelo fabricante, mas existe uma questão inegociável: o processo de desgaste da borracha.

Um consenso entre os especialistas é que o pneu mantém suas características originais e aderência no asfalto por volta de cinco a seis anos, com possibilidade de utilização segura até os 10 anos. Além disso, vale dizer que a borracha resseca mesmo quando o produto está na prateleira da loja, então é preciso estar atento à data de fabricação.

Essa questão é tão “esquisita” que muitas marcas não estabelecem validade, mas fixam um prazo de garantia. A cobertura costuma durar cinco anos a partir da data da compra, embora haja empresas que dizem que a duração é ilimitada.

É seguro recauchutar?

Pneus recauchutados ou recapados não costumam dar muito problema nem mesmo em aviões; no entanto, é preciso ter cuidado com os remoldados. Nesse processo de recuperação, a banda de rodagem e toda a parede lateral do componente são substituídas por novas camadas de borracha.

No Brasil, não existe uma regra que obrigue as empresas a manter as características originais de fabricação na banda lateral do pneu remoldado. O perigo disso é colocar no veículo dois pneus com carcaças produzidas originalmente para modelos diferentes, mas que se tornam impossíveis de diferenciar porque possuem a mesma medida e aparência externa.

Imagine, por exemplo, como eles se comportariam em um jipe e um esportivo. Chega a ser responsabilidade a certificação de pneus remoldados pelo Inmetro.

Pode usar marcas diferentes?

Embora as montadoras aconselhem o proprietário a não utilizar pneus de marcas diferentes, isso acontece até com carros que acabam de sair da fábrica. Mesmo assim, a dica geral é não dirigir com modelos distintos de pneus, porque eles podem comprometer a performance do veículo na pista.

Entre os riscos associados a essa prática estão o comprometimento da estabilidade e o aumento da dificuldade na hora de realizar curvas ou de controlar o carro durante uma frenagem brusca. Por isso, ao comprar um automóvel novo, vale a pena conferir se todos os pneus e o estepe são do mesmo fabricante.

Outra questão que deve ser mencionada é o problema de reposição de algumas marcas. Existem fabricantes de pneus que são bem difíceis (ou quase impossíveis) de encontrar no mercado secundário, e às vezes existem apenas na concessionária, com preços altíssimos.

Vale a pena usar o ‘run flat’?

Os pneus conhecidos como “run flat” prometem rodar mesmo vazios, um avanço tecnológico esperado há anos pelos motoristas. A questão é que esses produtos foram desenvolvidos para rodar em estradas de países de “primeiro mundo”, e não no asfalto esburacado do Brasil.

Por aqui, a chance de ficar na mão com um item como esse é bem grande, já que os defeitos na pista podem rasgar a banda de rodagem.

Compensa calibrar com pressão mais alta?

Alguns espertinhos afirmam que rodas com a pressão dos pneus um pouco acima do recomendado no manual do proprietário ajudam a reduzir o consumo de combustível. Pode até ser, mas essa prática reduz a vida útil do item e do sistema de suspensão como um todo, gerando um prejuízo grande.

A maioria das fabricantes recomenda que o condutor utilize uma pressão duas ou três libras maior do que a recomendada apenas em viagens no asfalto quando o carro estiver lotado.

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