Qual é o melhor: câmbio de dupla embreagem ou automático?
Batalha das transmissões fica mais acirrada com a popularização do câmbio automatizado de dupla embreagem.
O câmbio automático é uma tecnologia que vem se popularizando no Brasil, com destaque para a chegada da opção automatizada de dupla embreagem. Nesse modelo de transmissão, a troca de marchas ocorre com rapidez e pouca perda mecânica, por meio de um sistema que não provoca a mesma estranheza do câmbio CVT.
Um dos motivos para a resistência de muitos motoristas à tecnologia é a catástrofe do câmbio Powershift da Ford, que resultou em recalls no mundo inteiro. Porém, apesar do trauma, as montadoras continuaram a apostar no câmbio de dupla embreagem e ainda hoje ele equipa muitos lançamentos.
O Renault Kardian, novo SUV da marca francesa, é um bom exemplo disso. A montadora anunciou que esse sistema será usado no carro e também deve equipar outros modelos da Stellantis, principalmente os próximos híbridos.
Portanto, os híbridos da Renault e de outras marcas do grupo terão um motor elétrico dentro do câmbio para compor um sistema híbrido leve mais potente do que aquele que usa apenas um motor no lugar do alternador.
Funcionamento do câmbio de dupla embreagem
Embora seja conhecido como “câmbio automatizado de dupla embreagem”, o sistema não tem relação com as antigas caixas automatizadas de embreagem única. Nele, o eixo primário da transmissão é dividido em dois, o que faz com que a marcha seguinte ou a anterior seja pré-selecionada para atuar instantaneamente após a seleção.
Uma embreagem faz o acoplamento de cada um desses eixos, e, assim que uma entra, a outra é desacoplada, permitindo uma troca rápida.
Vale mencionar que existem dois tipos de câmbios de dupla embreagem: um seco e outro imerso em óleo. No primeiro, uma embreagem fica dentro da outra. No segundo, as embreagens são imersas em óleo, o que aumenta sua resistência ao torque e reduz o ruído.
Batalha: automático ou dupla embreagem?
A melhor escolha de câmbio depende do que o motorista procura. Para uso cotidiano, o funcionamento da caixa de dupla embreagem é bem semelhante ao automático tradicional, mas, na hora da manutenção, a coisa é diferente.
O custo dos reparos em câmbios de dupla embreagem costuma ser bem alto, uma vez que a mão de obra precisa ser especializada. Já o automático tradicional é mais fácil e barato de consertar.
Por outro lado, o primeiro permite trocas de marcha rápidas e agrada aos motoristas que buscam desempenho, além de auxiliar na economia, uma vez que gera menos perdas mecânicas. O segundo, por sua vez, utiliza engrenagens epicicloidais e conversor de torque, funcionando de forma mais mecânica e menos rápida.