Nova picape da Fiat emplaca só 230 unidades em 3 meses. Por que ela não deslanchou?
Fiat Titano foi lançada em março com preço mais acessível do que as concorrentes, mas registra apenas 233 unidades vendidas.
Lançada em março com um preço mais baixo que o das rivais, a picape média Fiat Titano chegou para ocupar o espaço existente na linha da montadora e disputar com as versões de entrada da Toyota Hilux, Ford Ranger e Chevrolet S10. No entanto, o modelo com projeto mais antigo parece que não deslanchou no mercado.
Registros mostram que a caminhonete vendeu apenas 233 unidades em mais de três meses de lançamento, um resultado bem frustrante para a marca. Em abril, foram míseros 43 exemplares emplacados.
O que explica o baixo volume de vendas?
Segundo concessionários da Fiat, a procura pela Titano foi grande no primeiro momento, mas a oferta tem sido um problema. O veículo é importado do Uruguai, onde é montado com componentes comprados da China.
A Titano despertou muita atenção inicialmente. Tivemos muitos clientes interessados e pedidos feitos, mas a falta de produtos disponíveis nas lojas está levando à perda de interesse”, explica um concessionário da Fiat.
A verdade é que muitos clientes não se lembram do lançamento, já que é muito difícil encontrar o modelo rodando pelas ruas do país.
Já a Stellantis, dona da Fiat, diz que a marca tem passado por dificuldades relacionadas ao estoque em razão do gargalo na importação causado pela greve dos servidores do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). A “operação tartaruga” foi a estratégia encontrada pelos profissionais para garantir melhorias salariais e nas condições de trabalho.
Antes da greve, a emissão das licenças ambientais necessárias para a entrada de carros importados no Brasil levava cerca de dez dias. Contudo, por lei, o órgão tem até 60 dias para realizar o processo.
Com isso, veículos importados seguem no aguardo da liberação da documentação necessária para serem comercializados no país. Identificamos, ainda, que muitos pedidos em carteira correm o risco de serem cancelados, já que não há uma previsão de data de entrega”, afirma a Stellantis.