5 fake news sobre o teste do bafômetro que podem virar uma bela multa
Informações falsas que circulam nas redes sociais podem fazer o condutor se dar mal com as autoridades de trânsito.
A Lei Seca e o teste do bafômetro são velhos conhecidos dos brasileiros, especialmente daqueles que gostam de contrariar a legislação de trânsito. Semanalmente, milhares de condutores flagrados dirigindo sob o efeito de álcool são autuados em operações ao redor do país.
A Escola Nacional de Seguros estima, em um estudo, que mais de 40 mil vidas foram salvas nos dez primeiros anos desde a criação da norma que prevê tolerância zero para a combinação de álcool com direção. Isso ilustra sua importância para a segurança dos brasileiros.
Por outro lado, mais de 10 mil pessoas perdem a vida em acidentes envolvendo motoristas embriagados todos os anos. Esses condutores criminosos insistem em colocar outros indivíduos em risco, mesmo diante da possibilidade de receberem uma multa de R$ 2.934,70, sofrerem a suspensão da CNH e serem presos.
5 fake news sobre o bafômetro
Um dos fatores que contribui para o desrespeito às normas de trânsito é a disseminação de informações falsas a respeito do teste do bafômetro. Para evitar a desinformação, conheça cinco afirmações inverídicas sobre o assunto.
1. Bafômetro tem tolerância
O aparelho que mede o volume de álcool no organismo do condutor tem uma margem de erro de detecção de 0,06%, mas isso não é uma tolerância. Esse limite deve ser interpretado apenas como uma margem de erro, já que o componente eletrônico pode apresentar falhas.
2. Nutella engana o dispositivo
Um vídeo publicado no TikTok por um influenciador afirma que é possível reduzir a emissão de álcool ao comer algumas colheradas de creme de avelã, a Nutella, antes de soprar o bafômetro. O Detran-SP afirma que a afirmação é falsa e que o alimento não serve para burlar o aparelho.
3. Antisséptico bucal ajuda a burlar o bafômetro
Mais uma estratégia que não funciona é usar antissépticos bucais, como Listerine e Colgate Plax, antes do teste. O motorista pode até afirmar que o resultado positivo foi causado pelo produto, que tem uma pequena quantidade de álcool na composição, mas isso não funciona.
Segundo o Departamento de Trânsito, caso o primeiro teste dê positivo e o indivíduo alegue que fez a higiene bucal, os policiais podem solicitar a realização de um novo teste após alguns minutos.
4. Motorista sem sinais de embriaguez pode recusar teste
O Detran-SP explica que o teste do bafômetro pode ser aplicado a qualquer momento, independentemente de o motorista não demonstrar sinais claros de embriaguez. O condutor pode recusar o procedimento, mas ainda assim ficará sujeito à multa de R$ 2.934,70 e à suspensão da CNH.
5. Metadoxil reduz chance de teste positivo
Usado no tratamento de alcoolismo e de alterações hepáticas, o metadoxil é um remédio composto por vitamina B6 que acelera a metabolização do álcool no fígado. No entanto, ele não interfere na concentração medida pelo bafômetro; portanto, seu consumo não evita o resultado positivo.