Novos híbridos da BYD com preço de Kwid podem rodar até 34 km/l
Fabricantes apostam cada vez mais na tecnologia que combina um motor a combustão com um ou mais propulsores elétricos.
A eletrificação da frota mundial de carros continua a passos largos, com os híbridos sendo considerados um meio-termo interessante e menos arriscado para a indústria. Esse tipo de veículo é dividido em duas categorias: os convencionais (ou paralelos) e os plug-in.
A evolução da hibridização é notável, principalmente nas linhas das montadoras chinesas, como a BYD, que apostam suas fichas na tecnologia mais sustentável. Recentemente, a marca apresentou sua nova geração de automóveis híbridos e trouxe grandes novidades para o mercado.
Os próximos modelos chineses prometem autonomia de até 2.100 km, aproximadamente o dobro do alcance dos carros a diesel, que até então eram os campeões nesse quesito. Até mesmo em relação às gerações anteriores, os mais recentes veículos da BYD podem alcançar o dobro da distância com a bateria carregada e o tanque cheio.
A medição considera o padrão chinês (CLTC), bem mais generoso que o modelo do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia).
O sistema foi chamado de Dual Mode, representado pelas letras DM em carros como os sedãs BYD Qin DM-i e BYD Seal DM-i. A letra “i” significa intelligence, ou inteligência em português.
Detalhes técnicos
Com alcance puramente elétrico entre 80 km e 120 km, as baterias fornecem energia acima dos híbridos plug-in tradicionais. O SUV Song Plus, por exemplo, chegou ao Brasil com alcance máximo de 51 km, valor que foi ajustado para cima posteriormente, mas ainda assim nada perto dos novos modelos.
Nesse conjunto de baterias do tipo Blade, células de fosfato de ferro-lítio utilizam ferro no lugar de materiais raros, como o próprio lítio. Mais baratas do que a média, elas têm densidade energética menor do que as de lítio tradicional, mas a BYD garante que a densidade foi ampliada e hoje se aproxima da maioria dos concorrentes.
Segundo a marca chinesa, o consumo médio dos próximos híbridos plug-in chega a 34,5 km/l, nada absurdamente alto, mas ainda assim um bom número. A montadora não informou se o valor representa a média combinada entre cidade e estrada.
Para atingir essa marca, o Qin L DM-i usa um motor 1.5 aspirado de quatro cilindros com potência máxima de 100 cv e 12,8 kgfm. Ele trabalha em conjunto com um elétrico para gerar 163 cv e 21,4 kgfm. Esses dados são referentes à versão HS120, já que na variante HS160 chegam a 217 cv e 26,5 kgfm.
Os preços do Qin L DM-i variam entre R$ 72.862 e R$ 102.066, na conversão direta. No Brasil, a chegada dos modelos ainda não foi confirmada.