Carregamento de carros elétricos pode se transformar com inteligência artificial
Novas tecnologias serão capazes de identificar problemas que até o momento passam despercebidos e prejudicam o carregamento.
As novas ferramentas de inteligência artificial (IA) podem auxiliar as concessionárias a fazerem melhorias no processo de carregamento de veículos elétricos. Segundo pesquisa do Instituto de Pesquisa de Transporte da Universidade de Michigan, tais tecnologias são capazes de aumentar a confiabilidade do serviço.
Os pesquisadores fizeram uma análise do comportamento de carregamento dos carros elétricos, utilizando IA, de modo que os resultados possam ajudar a melhorar a experiência dos motoristas. Um dos objetivos é auxiliar empresas de serviços públicos a se prepararem para o aumento da demanda por eletricidade.
O estudo revelou, por exemplo, que alguns veículos paravam e começavam a carregar mesmo após a bateria estar totalmente carregada. Esse processo gera queima de energia de forma ineficiente, além de superaquecer fios e transformadores.
A IA desempenha um grande papel nas redes de carregamento, afirma Siobhan Powell, pesquisadora de pós-doutorado na ETH Zürich.
Tecnologia a favor dos elétricos
Durante o estudo, foi descoberto que automóveis elétricos podem consumir energia de forma inconsistente e reduzir a qualidade da energia, gerando um desgaste do equipamento de carregamento. O uso de inteligência artificial é visto como uma solução para resolver o problema.
Segundo os autores da pesquisa, locais com muitos carregamentos de veículos elétricos não gerenciados podem gerar impactos maiores na rede elétrica e até no fornecimento de energia. Usando modelos de IA, os concessionários poderão entender melhor como o carregamento impacta a rede elétrica, bem como orientar condutores sobre onde e quando carregar seus veículos.
“A maior conclusão, eu acho, é que confirmamos haver muitos comportamentos de veículos elétricos que não são conhecidos por ninguém, pelos proprietários de automóveis, pelos operadores de rede e pelos fabricantes de carregadores”, explica o vice-presidente de soluções de produtos da Utilidata, Yingchen Zhang, ligado ao estudo.
“Portanto, há uma grande necessidade de realmente abrir todos esses dados”, completa o pesquisador.