Ayrton Senna: qual foi a verdadeira causa do acidente que matou o ídolo da Fórmula 1?
Após um longo julgamento feito pela justiça italiana, no qual seis pessoas foram indiciadas, ninguém foi condenado pela morte.
No dia 1º de maio de 2024, a morte do tricampeão mundial de Fórmula 1 Ayrton Senna completou 30 anos e foi relembrada por fãs, admiradores e amigos do ídolo das pistas. A fatalidade aconteceu durante o Grande Prêmio de San Marino, disputado no autódromo de Ímola, na Itália.
Para os mais supersticiosos, o treino realizado na sexta-feira antes do evento já dava indícios de que o fim de semana não seria dos melhores. Durante a prática, o piloto brasileiro Rubens Barrichello se envolveu em um grave acidente e capotou o carro. No sábado, o piloto austríaco Roland Ratzenberger perdeu a vida durante o treino classificatório.
É impossível saber quando uma tragédia vai de fato acontecer, mas olhando para trás, muitos citam os dois episódios como fortes sinais de uma corrida pouco auspiciosa.
O acidente que marcou a história
No dia da disputa, Senna chegou ao local para tentar sua 42ª vitória com a Williams FW16 azul, que disparava na dianteira seguida por Michael Schumacher. Seu último momento na F1 ocorreu apenas seis voltas após o início da disputa, quando o piloto entrou na Curva Tamburello e seu carro não virou à esquerda.
O mundo viu pelas telas da televisão o grande ídolo se chocar contra o muro de proteção em alta velocidade. Rapidamente, a bandeira vermelha foi acionada e interrompeu a prova, deixando em silêncio o agitado autódromo italiano. Veja o vídeo do momento do acidente:
Ayrton estava a cerca de 308 km/h quando perdeu o controle do carro e, mesmo freando a reduzindo marchas, bateu contra muro foi violento a cerca de 211 km/h. O Williams foi completamente destruído e chegou a ser arremessado novamente em direção à pista.
O piloto foi atingido logo acima do supercílio por um braço da suspensão do veículo, que furou a viseira do capacete e perfurou sua cabeça em cerca de 2 cm.
A tragédia resultou na morte quase que instantânea de um dos maiores ídolos esportivos do Brasil.
Foto: Reprodução
O verdadeiro motivo
Décadas se passaram e um julgamento amplamente noticiado foi realizado na Itália para apurar as causas do acidente, mas ninguém foi condenado. O caso chegou a ser reaberto, mas o desfecho foi o mesmo: todos os envolvidos inocentados. Tal desdobramento ainda leva muitos fãs a tentarem buscar uma explicação para a causa do acidente.
Um dos caminhos aponta para a barra de direção do FW16.
Durante os treinos livres para o GP do Brasil, Senna pediu à equipe da Williams que o volante do carro ficasse um pouco mais perto dele para facilitar a pilotagem. Para resolver o problema, os profissionais serraram a barra de direção e adaptaram uma luva metálica de alguns centímetros no trecho cortado, chegando ao resultado desejado pelo piloto.
A luva foi conectada à barra apenas com solda e não passou por uma substituição posterior antes do GP na Itália. A solução provisória virou permanente, mas o que ninguém esperava é que a solda se romperia por fadiga e causaria a desconexão do volante com a caixa de direção.
Algumas pessoas atribuíram a culpa fatalidade à Williams, mas não havia mais o que fazer após a morte do atleta. Hoje, trinta anos depois, Ayrton Senna ainda é lembrado como sinônimo de honra, profissionalismo, dedicação e paixão pelo esporte.