Não é só a Inglaterra: quais países adotam a mão inglesa e por quê?

Veja em quais países o costume é adotado além da terra do rei.

A tradição da mão inglesa no tráfego de veículos em diversos países ao redor do mundo tem suas raízes na história e nas práticas dos antigos cavaleiros e exércitos romanos. O costume de trafegar pela esquerda remonta aos tempos dos romanos, que marchavam do lado esquerdo das estradas para manter suas armas no lado direito, pronto para um possível confronto com inimigos.

Esse hábito foi adotado pelos cavaleiros ingleses na Idade Média, que empunhavam suas armas com a mão direita e mantinham-se à esquerda para atacar seus rivais. Com a chegada das carruagens, os condutores também se habituaram a manter-se à esquerda para ter melhor controle sobre as rédeas e o chicote.

A história da mão inglesa e os países que a adotaram

Foto: Dave Head/Shutterstock

Outro fator que contribuiu para a consolidação da mão inglesa foi a prática dos nobres de circular sempre à esquerda, enquanto o resto da população utilizava a direita. Isso criava uma espécie de via rápida para as pessoas da alta sociedade.

No entanto, a disseminação da mão inglesa pelo mundo não foi uniforme. A Revolução Francesa e a influência de Napoleão Bonaparte, que era canhoto, levaram a França e outros países a adotar a mão francesa, com o tráfego pela direita. Isso fez com que muitos países colonizados pelos britânicos adotassem a mão direita, como os Estados Unidos e o Canadá.

Apesar disso, mais de 50 países ao redor do mundo, principalmente os que tiveram colonização britânica, mantêm o tráfego pela esquerda. Isso inclui países como Austrália, Nova Zelândia, África do Sul, Japão, Índia, Nepal, Tailândia, Singapura, Guiana, Suriname, Barbados, Bahamas e Jamaica.

A tradição da mão inglesa acabou se perpetuando em diversos países ao redor do mundo, seja por motivos históricos, culturais ou simplesmente por uma questão de manter a singularidade em relação aos países vizinhos. Essa diversidade de sistemas de tráfego nos mostra como a história e as tradições locais podem influenciar até mesmo o modo como conduzimos nossos veículos nas ruas.

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