Acabou a empolgação? Por que as montadoras mudaram planos com elétricos?

Marcas de veículos ‘recalculam a rota’ para rever suas estratégias relacionadas à produção de modelos eletrificados.

O aumento expressivo no volume de carros elétricos e híbridos fabricados ao redor do mundo é inegável. Nos últimos anos, a eletrificação se transformou em uma tendência no mercado automotivo, mas embora parecesse um caminho sem volta, o cenário tem mudado aos poucos.

Algumas montadoras estão revendo seus planos relacionados à eletrificação de suas linhas para se adequar as estratégias ao mercado atual. Apesar de os modelos a bateria ainda serem vistos como o futuro da mobilidade, os novos astros são os conjuntos híbridos.

Um dos sinais de que é necessário repensar a tática foi justamente a desaceleração do setor este ano. No Brasil, as vendas de carros elétricos não alcançaram as previsões mais otimistas da maioria das montadoras, embora estejam em alta.

Um passo atrás na eletrificação

Foto: Shutterstock

As vias brasileiras têm cerca de 181 mil carros eletrificados em circulação, embora muita gente tenha começado a ficar desanimada com esse tipo de motorização. Os motivos para a adesão mais lenta aos automóveis a bateria tem motivos como autonomia limitada, alto custo inicial e infraestrutura de carregamento insuficiente.

Uma das fabricantes que retrocedeu nos planos foi a Volvo, que havia anunciado a meta de produzir apenas elétricos até 2030. Agora, a empresa sueca aposta em uma transição mais gradual, mantendo na linha híbridos como o XC60 e o XC90.

Chevrolet, Ford, BMW, Jaguar Land Rover e Mercedes-Benz tinham estratégias ousadas de eletrificação que também precisaram ser revistas.

No caso da Audi, os modelos híbridos continuarão em foco ao menos até 2050. A Mercedes-Benz suspendeu as novas gerações de EQS e EQE, enquanto a Porsche mantém modelos a combustão em seu portfólio.

A alemã Volkswagen segue apostando no desenvolvimento de carros 100% elétricos, mas já informou que nos próximos anos investirá em híbridos plug-in. Já as marcas da Stellantis e a Chevrolet decidiram lançar opções híbridas para atender às demandas do mercado.

A Toyota, pioneira no segmento de híbridos, mantém vários modelos com essa motorização na linha e tem planos de lançar um mais barato. Ainda sobre as japonesas, a Honda vê os híbridos como parte essencial dos planos e a Nissan avalia diversificar a família.

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