Projeto cria taxa máxima de 25% para a Uber, isenta IPI e extingue sindicato
Proposta apresentada em São Paulo visa melhorar as condições de trabalho para os motoristas da categoria.
Um novo projeto de lei está em pauta, trazendo propostas significativas para motoristas de aplicativos como Uber e 99. O PLP 12, apresentado pelo vereador Marlon Luz, de São Paulo, visa reformular as regulamentações da categoria, visando melhorar as condições de trabalho dos profissionais.
A principal mudança proposta é a redução da taxa cobrada pela Uber, que pode chegar a 40% do preço da viagem. O vereador defende que essa taxa seja limitada a 25%, permitindo que os motoristas retenham uma maior parte de suas receitas.
Essa medida visa aumentar a viabilidade financeira para os profissionais que dependem do aplicativo como fonte de renda.
Isenção do IPI e benefícios da prefeitura
Foto: Shutterstock
Outra proposta importante do projeto é a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para motoristas de aplicativos que adquirirem veículos novos. Essa isenção já é um benefício concedido a taxistas e, segundo Marlon Luz, sua extensão aos profissionais do transporte por app é um passo importante para nivelar as condições entre essas categorias.
O vereador também menciona a oferta de crédito com taxas de juros reduzidas para a compra de novos carros, facilitando o acesso dos motoristas a veículos adequados para o trabalho.
O projeto também aborda a questão dos benefícios oferecidos pela prefeitura, especialmente em relação ao rodízio e à cobrança da zona azul. Atualmente, os condutores enfrentam custos adicionais, como a tarifa de R$ 6,36 para a compra do cartão da zona azul.
Com o novo projeto, os municípios terão mais autonomia para implementar benefícios que ajudem a mitigar esses encargos.
Extinção dos sindicatos e toxicológico
Uma das mudanças mais polêmicas é a proposta de extinguir os sindicatos que representam motoristas de aplicativos. Marlon Luz argumenta que a classe não é adequadamente representada e que a extinção dos sindicatos pode levar a uma maior autonomia e melhor representação dos interesses da categoria.
Além das medidas acima, o projeto inclui a obrigatoriedade do exame toxicológico para os profissionais. O autor do texto acredita que essa exigência é fundamental para profissionalizar a categoria e aumentar o respeito e reconhecimento que ela merece.
Ele critica a postura de empresas como Uber e 99, que, segundo ele, preferem motoristas menos qualificados para reduzir custos. O debate sobre o PL continua, e as próximas semanas serão cruciais para determinar o futuro desses profissionais.