Você sabia? EUA já tiveram um curioso movimento contra cinto de segurança
Apesar de sua eficácia comprovada, cinto de segurança enfrentou resistência em sua adoção. Uso é crucial.
O cinto de segurança, invenção crucial para a segurança no trânsito, salvou aproximadamente 14.955 vidas nos Estados Unidos em 2017. Contudo, sua adoção e uso generalizado enfrentaram forte resistência ao longo dos anos. Hoje, a taxa nacional de uso nos EUA chega a 90,3%, mas os desafios persistem.
No Brasil, 7.921 acidentes foram registrados em 2019, com 98 mortes atribuídas à falta de segurança. Apenas 50,2% dos brasileiros afirmam utilizar o cinto no banco traseiro. Já no banco da frente, 79,4% assumem o uso regular, segundo dados do Ministério da Saúde e do IBGE.
Desde a sua criação em 1959, o cinto de segurança salvou mais de um milhão de vidas mundialmente. Mesmo enfrentando forte oposição em sua implementação inicial, ele se consolidou como equipamento essencial, promovendo a segurança dos passageiros nos veículos.
A evolução do cinto de segurança
O conceito de cinto de segurança emergiu no final dos anos 1800 com Sir George Cayley e evoluiu com Edward J. Claghorn, que patenteou o primeiro cinto veicular em 1885. Inicialmente, os cintos eram rudimentares, usados para evitar quedas em terrenos acidentados, e não como medida de segurança.
No início do século 20, o aumento da produção em massa de automóveis nos Estados Unidos elevou os acidentes fatais, levando médicos a pressionarem pela inclusão do equipamento em carros, após comprovarem sua eficácia.
Apesar de seu potencial salvador, o cinto de segurança enfrentou resistência tanto das montadoras quanto do público. Em 1949, dos 48 mil veículos produzidos, apenas mil eram equipados com cintos, e muitos proprietários os removiam com frequência.
Na década de 1980, movimentos anticinto surgiram, impulsionados por fabricantes preocupados com custos. A mídia foi inundada por informações falsas, alegando que os cintos poderiam ser perigosos, fomentando a oposição.
Impacto e adaptação moderna
Eventualmente, as leis que obrigam o uso do cinto prevaleceram nos EUA, com exceção de New Hampshire. A pandemia de Covid-19 destacou novamente as reações emocionais das pessoas a medidas de segurança, reforçando a importância de ações que protegem vidas.
Hoje, a conscientização sobre o uso do cinto continua essencial. A resistência inicial foi superada, mas esforços contínuos são necessários para garantir a segurança no trânsito globalmente.