Estudo mostra que carros elétricos têm 60x menos risco de incêndio

Estudos destacam risco reduzido de incêndios em elétricos quando comparados aos veículos convencionais, mas desafios persistem.

Pesquisas recentes realizadas nos Estados Unidos e na Suécia revelaram que os carros elétricos possuem um risco significativamente menor de incêndio em relação aos veículos convencionais. Em 2023, para cada 100 mil veículos elétricos, foram registrados apenas 25 incêndios nos EUA.

Em comparação, os carros a combustão totalizaram 1.530 casos para o mesmo número de unidades. Esses números evidenciam uma diferença marcante na segurança entre os dois tipos de veículos.

Os dados da National Transportation Safety Board (NTSB) demonstram que automóveis movidos a bateria são consideravelmente mais seguros quando se trata de incêndios.

Apesar da baixa incidência, incêndios em carros elétricos trazem desafios únicos, e incidentes recentes em Lisboa e Seul destacam a complexidade na contenção das chamas.

Em Lisboa, um incêndio em estacionamento destruiu 200 veículos, enquanto em Seul, um Mercedes-Benz EQE queimou por oito horas, afetando 140 carros.

Desafios no controle de incêndios

A natureza dos incêndios em veículos elétricos apresenta desafios técnicos singulares porque as baterias liberam mais de 100 substâncias tóxicas durante a combustão, incluindo cianeto e metais pesados.

Além disso, o “efeito dominó” pode prolongar as chamas, exigindo medidas adicionais de segurança.

Após o controle inicial das chamas, é necessário colocar o veículo em quarentena para prevenir uma possível reignição. As autoridades recomendam que carros elétricos envolvidos em incêndios sejam considerados perda total, devido ao risco contínuo.

A boa notícia é que a tecnologia das baterias também está evoluindo. As do tipo Blade, utilizadas pela BYD em alguns modelos no Brasil, são um exemplo de avanço na segurança porque têm melhor dissipação térmica e minimizam a liberação de oxigênio, reduzindo os riscos de incêndio.

Grandes fabricantes, como Toyota e Tesla, também estão estudando a adoção de tecnologias semelhantes. Isso mostra uma tendência clara da indústria automotiva em busca de soluções mais seguras e eficazes para suas baterias.

Limitações dos estudos

Os estudos atuais ainda focam em incêndios isolados, sem considerar a propagação das chamas para outros veículos.

Casos como os de Lisboa e Seul indicam a necessidade de pesquisas mais abrangentes sobre o impacto de incêndios em massa em carros de diferentes motorizações.

Embora os desafios no controle de incêndios em carros elétricos sejam reais, a evolução das tecnologias de bateria e os dados estatísticos mostram que esses modelos ainda apresentam um risco menor em comparação aos modelos a combustão.

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