R$ 145 mil: Descubra por que a licença de motorista na China é tão cara

Obter uma licença para carros a combustão nas megalópoles chinesas requer paciência: até 10 anos de espera e um investimento de R$ 145 mil.

O processo rigoroso de obtenção de licenças para carros a combustão em cidades como Pequim e Xangai reflete os esforços para conter a poluição urbana. A complexidade contrasta com o acesso mais simples visto em outros países, como no Brasil.

Essas políticas têm como principal objetivo diminuir o impacto ambiental causado pela alta densidade populacional e pelo grande número de veículos. Pequim, por exemplo, abriga quase 22 milhões de habitantes, com cerca de seis milhões de carros em circulação.

Na China, o caminho até a posse de um automóvel inclui custos elevados e um tempo de espera significativo. Essa estratégia busca regular o número de veículos nas megalópoles, visando o controle da poluição e do tráfego.

Por que é tão difícil tirar licença para dirigir na China?

Foto: Hung Chung Chih/Shutterstock

Nas cidades densamente povoadas, a posse de um carro é limitada a um veículo por pessoa. A obtenção de licenças exige participação em sorteios, nos quais apenas uma em 2.280 pessoas é contemplada anualmente.

O custo da licença, equivalente a 200 mil yuan (R$ 145 mil), evidencia ainda mais a intenção de limitar o número de carros a combustão. Além disso, a transferência de licenças é restrita a familiares, o que impede a venda para terceiros.

Residentes de cidades menores enfrentam restrições ao se mudarem para megalópoles como Pequim e Xangai. Eles devem viver pelo menos cinco anos nesses locais antes de solicitarem uma licença.

A circulação em áreas centrais é restrita a veículos com placa local, dificultando ainda mais a mobilidade de quem chega de fora. Assim, o rodízio de carros ajuda a diminuir o tráfego em 200 mil veículos diariamente.

Alternativas mais sustentáveis

Os veículos elétricos oferecem uma alternativa mais acessível. O processo de aquisição é simplificado, com concessões mensais de até 20 mil placas, contrastando com as 6 mil para veículos a combustão.

Além disso, as placas de carros elétricos têm cor verde, facilitando a identificação e promovendo o uso de tecnologias mais limpas nas ruas das grandes cidades.

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