Polícia investiga golpe do aditivo em postos de combustíveis

Frentistas são presos após orquestrarem esquema de troca de líquido de arrefecimento em Campo Grande, no Rio de Janeiro.

Um perigoso esquema fraudulento envolvendo a troca de líquido de arrefecimento foi descoberto pelas autoridades em um posto de combustíveis no bairro de Campo Grande, no Rio de Janeiro. O golpe foi gravado por uma câmera escondida, à qual a TV Globo teve acesso e divulgou no início deste mês (novembro de 2024).

As imagens flagradas mostram a malandragem dos golpistas, que simulavam problemas nos veículos dos clientes para lucrar indevidamente.

O golpe, que resultou em prejuízos para diversas vítimas, consistia em fazer com que os motoristas acreditassem que seus carros precisavam de um aditivo caro, enquanto os frentistas apenas substituíam embalagens cheias por outras vazias. A fraude foi revelada por um vídeo que viralizou nas redes sociais.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCRJ), por meio da 35ª DP, realizou uma operação no local do suposto crime. Dois homens flagrados nas imagens foram encaminhados à delegacia e acusados de estelionato, e o caso gerou grande repercussão na cidade.

Como o golpe do aditivo era aplicado?

Os golpistas seguiam um padrão de procedimento para enganar os motoristas. Inicialmente, jogavam água sobre o motor dos carros, provocando a emissão de fumaça.

Esse artifício era usado para justificar a suposta necessidade de uma troca urgente do líquido de arrefecimento.

Esquema detalhado

  1. Fumaça era criada com água no motor para simular falhas.
  2. Problemas falsos eram apresentados aos motoristas pelos golpistas.
  3. Um aditivo caro era oferecido como solução.
  4. Os funcionários simulavam a troca do líquido de arrefecimento.
  5. Recipientes vazios substituíam os cheios sem que a vítima percebesse.

Ação da polícia e prisões

A ação coordenada pela 35ª DP teve início após a ampla divulgação do vídeo nas redes sociais. Os agentes capturaram os frentistas responsáveis pelo golpe e os conduziram à delegacia para depoimentos, onde foram identificados e indiciados por estelionato.

A PCRJ busca agora identificar outras possíveis vítimas do esquema. A investigação prossegue para apurar o envolvimento de mais pessoas na prática ilegal, visando garantir justiça aos lesados.

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