Queda nas vendas de carros elétricos: Brasil e Europa enfrentam desafios
Vendas de veículos elétricos estão em declínio tanto no Brasil quanto na Europa, com problemas de infraestrutura e incentivos fiscais afetando o mercado.
Em setembro de 2024, o mercado de carros elétricos no Brasil registrou uma significativa queda nas vendas que trouxe novas perspectivas para o segmento. Os números revelam uma redução de 9,02% no total de veículos eletrificados, que somaram 13.148 unidades emplacadas.
Desse total, 4.624 correspondem a carros totalmente elétricos, evidenciando uma diminuição de 8,9% em comparação a agosto do mesmo ano.
No segmento dos carros híbridos, que combinam motores a combustão interna e elétricos, as vendas também despencaram. Foram comercializadas 8.524 unidades, com retração de 9,06%.
Considerando as dificuldades enfrentadas pelo setor, as fabricantes buscam alternativas para impulsionar o mercado.
Principais modelos em destaque
O BYD Dolphin Mini liderou as vendas entre os elétricos em setembro, com 2.169 unidades emplacadas.
Em seguida, os modelos Dolphin EV, BYD Yuan, GWM Ora 03 e Volvo EX30 aparecem, com 795, 364, 307 e 254 unidades, respectivamente.
No setor de híbridos, o BYD Song foi o mais vendido, com 2.172 unidades.
Cenário europeu
Na Europa, a situação não é muito diferente. Em agosto de 2024, as vendas de carros elétricos caíram 43,9% em comparação ao mesmo período de 2023, segundo a Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA).
O bloco registrou o emplacamento de 92.600 veículos elétricos, em contraste com 165.200 no ano anterior. O mercado alemão, em particular, enfrentou uma queda expressiva de 68,8%.
Comparações com o mercado total
A situação não afeta só os elétricos, já que o mercado automotivo geral registrou uma queda de 18,3% em agosto de 2024, para 643.600 veículos foram vendidos.
As vendas de modelos a gasolina, diesel e híbridos plug-in também diminuíram, enquanto os híbridos em geral tiveram um aumento de 6,6%.
Desafios e perspectivas
Ambos os continentes enfrentam desafios semelhantes, como a falta de infraestrutura de carregamento e incentivos fiscais reduzidos. Tais questões têm forçado algumas montadoras a reavaliar suas metas para o mercado de elétricos.
Apesar das dificuldades, os híbridos ainda apresentam um crescimento modesto, sugerindo uma possível direção para o futuro próximo.