Carros: envelhecimento da frota brasileira acende alerta sobre segurança e manutenção

Idade média dos veículos no Brasil supera 10 anos, gerando preocupações com a segurança e o impacto ambiental.

A frota de veículos no Brasil enfrenta um processo de envelhecimento preocupante. Com a idade média dos carros ultrapassando 10 anos, a questão da manutenção deficiente torna-se um problema crítico.

Dados recentes de um estudo divulgado pelo portal Auto Esporte destacam a venda de veículos usados, com projeções que superam os 15 milhões de unidades até o final do ano.

Apesar da paixão nacional por carros, a manutenção adequada nem sempre é uma prioridade para os motoristas brasileiros.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), veículos mal conservados são responsáveis por 30% dos acidentes. Essa situação é agravada por fatores como estradas em más condições e distrações ao volante.

Impacto no mercado de usados

A elevação do preço dos carros 0 km impactou diretamente o mercado de usados e seminovos.

A Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto) estima que 2024 registrará um recorde na venda de usados, com mais de 15 milhões de unidades.

Modelos como Fiat Palio, Uno e VW Gol, sucesso de vendas desde que eram produzidos, lideram as preferências dos compradores.

O alto custo de manutenção contribui para a negligência. Manter um carro novo em bom estado pode custar cerca de R$ 30 mil por ano, incluindo taxas obrigatórias e despesas gerais.

Com a alta nos preços dos carros novos, muitos optam por veículos usados, cujas despesas de manutenção são significativamente maiores.

Preocupações com segurança e meio ambiente

Os automóveis de passeio têm uma idade média de 11,1 anos. Caminhões e ônibus não ficam muito atrás, com médias de 12,2 anos e 11,3 anos, respectivamente.

Carros com mais de 16 anos somam 7,3 milhões, enquanto aqueles com mais de 25 anos são 220 mil, ainda segundo a pesquisa divulgada pelo site.

Os custos elevados de peças novas levam muitos a procurar alternativas mais baratas, como pneus remoldados, que, embora mais acessíveis, não oferecem a mesma segurança. Problemas no sistema de freios e iluminação também são comuns, elevando os riscos de acidentes.

Carros antigos carecem de sistemas de segurança modernos, aumentando o risco de acidentes. Além disso, veículos mais velhos são mais poluentes, o que agrava a questão ambiental.

O Sindipeças atribui o envelhecimento da frota à dificuldade de financiamento e às taxas de juros elevadas.

A situação do envelhecimento da frota brasileira requer atenção. Afinal, a segurança no trânsito e a preservação ambiental são desafios que não podem ser ignorados, e medidas que incentivem a renovação da frota e a manutenção preventiva são essenciais para um futuro mais seguro e sustentável.

*Com informações do portal AutoEsporte.

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