Golpe do falso atropelamento: proteja-se dessa armadilha que está enganando motoristas

Golpes de simulação de atropelamento preocupam motoristas no Brasil, mas especialistas oferecem dicas para se proteger.

Um vídeo viral que circulou recentemente nas redes sociais chamou a atenção para uma prática perigosa e crescente: a simulação de atropelamento. Nele, um homem finge ser atingido por um carro, aparentemente com o intuito de roubar o motorista.

Ao perceber a chegada das autoridades, o suspeito rapidamente desiste de cometer o crime e abandona a cena.

O caso gerou ampla discussão online, com diversos internautas relatando experiências similares. Esse tipo de golpe levanta uma questão crucial: como os motoristas podem se proteger e evitar cair nessas armadilhas?

O policial federal e especialista em defesa pessoal, Fábio Henriques, oferece orientações valiosas sobre o assunto em reportagem do UOL.

A prática de simulação de atropelamento

Henrique destaca que a simulação de atropelamento, embora mais comum nos Estados Unidos, vem se adaptando à realidade brasileira.

Aqui, em vez de extorsões monetárias imediatas, os golpistas tendem a focar em furtos. Os mais vulneráveis, como idosos e mulheres jovens, são alvos frequentes.

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Para o especialista, a prevenção começa com atenção ao trânsito. Manter uma direção defensiva e estar alerta ao comportamento dos pedestres são fundamentais, sem deixar de mencionar que a frequência desses golpes aumenta quando o veículo se desloca em baixa velocidade.

Recomendações práticas para se proteger

  • Ao notar um pedestre suspeito, mantenha-se dentro do carro.
  • Use o celular para gravar a situação, documentando evidências.
  • Em caso de tentativa de extorsão, contate imediatamente a polícia.
  • Dirija-se a um local seguro, como um posto de polícia, se necessário.

Aspectos legais e medidas de segurança

Segundo o advogado Marco Vieira, o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) exige que os motoristas prestem socorro em acidentes reais. Contudo, em casos de golpes, a segurança pessoal deve ser priorizada.

O motorista não é obrigado a sair do carro se houver risco à sua integridade física, explica o advogado. “Isso inclui o risco de linchamento ou violência por parte de terceiros que possam estar envolvidos no golpe”, completa.

Vieira sugere que, diante de uma simulação, o condutor deve agir com cautela e contatar as autoridades sem demora. Assim, evita-se qualquer envolvimento em situações potencialmente perigosas.

*Com informações do UOL

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