Motoristas precisam abrir o olho! Radares de velocidade média começam a ser instalados
Início da instalação de radares de velocidade média em rodovias federais brasileiras gera questionamentos sobre sua regulamentação e eficácia.
Em 2024, rodovias federais brasileiras começaram a receber radares de velocidade média. A BR-050, em Uberaba (MG), foi a pioneira na instalação dos dispositivos. A introdução desse tipo de fiscalização levanta dúvidas e provoca discussões entre motoristas e autoridades.
O Ministério dos Transportes esclareceu que a instalação é experimental e que ainda não há aplicação de multas baseadas na velocidade média. Informações errôneas, como vídeos recentes no TikTok, sugerem que infrações já estão sendo registradas, mas isso não ocorre na atualidade.
Embora os radares de velocidade média sejam novos no Brasil, sua aplicação é comum em países como a Itália. Por lá, há uma das fiscalizações mais rigorosas do mundo no que diz respeito à velocidade em vias públicas.
Regulamentação
Foto: Shutterstock
Os radares de velocidade média seguem critérios determinados pela Resolução nº 798 de 2020. O Contran especifica que, para validar uma autuação, o sistema deve capturar:
- Imagem da placa do veículo;
- Velocidade regulamentada e medida do veículo;
- Velocidade considerada com margem de erro descontada;
- Local, data e hora da infração;
- Identificação do equipamento e verificação metrológica recente.
Funcionamento e monitoramento
O sistema de radares de velocidade média necessita de pelo menos dois pontos de monitoramento. O primeiro radar registra a velocidade do veículo, que é reavaliada no segundo radar para calcular a velocidade média no trajeto.
- Cálculo de velocidade
Para calcular a velocidade média, utiliza-se a fórmula física Vm = ΔS/Δt. Isso implica dividir a distância percorrida entre os radares pelo tempo gasto. Assim, se o motorista exceder o limite entre os pontos, a média registrada pode resultar em multa.
Impactos e perspectivas
A introdução dos radares de velocidade média no Brasil visa aumentar a segurança nas rodovias. Em São Paulo, por exemplo, acidentes rodoviários resultaram em sete mortes diárias entre janeiro e outubro, segundo levantamento da Infosiga.
O exemplo de países que já adotaram essa tecnologia, como a Holanda, sugere potencial redução de acidentes. O monitoramento de velocidade média reduziu os incidentes em 19% nas estradas holandesas. Assim, espera-se que a iniciativa contribua para um trânsito mais seguro no Brasil.