Será mais difícil comprar carros com o ‘Imposto do Pecado’? Tributação está dando o que falar

Nova reforma tributária no Brasil propõe imposto adicional para veículos, cigarro e álcool, mas isenta armas. Decisão levanta polêmica.

A recente aprovação do Imposto Seletivo no Congresso Nacional trouxe mudanças significativas na tributação brasileira. Conhecido popularmente como “Imposto do Pecado“, ele visa adicionar um encargo extra sobre produtos como veículos, bebidas alcoólicas e cigarros. Ironicamente, as armas ficaram de fora desta lista, gerando discussões acaloradas.

O foco da nova legislação é introduzir uma alíquota adicional, cuja definição precisa será feita em etapas futuras por meio de leis ordinárias. Entretanto, a reforma já estipula uma base de 26,5% para bens e serviços, sobre a qual o Imposto Seletivo se somará. Essa abordagem visa, entre outras coisas, ampliar a arrecadação tributária.

Entre os produtos listados, os carros enfrentarão critérios específicos de tributação baseados em características como eficiência energética e emissões de poluentes. Mesmo os carros elétricos não escapam, sendo incluídos devido ao impacto ambiental de suas baterias. A inclusão gerou críticas e debates sobre a justiça dessas medidas.

Impacto econômico e previsões para o setor automotivo

Foto: Shutterstock

Com a implementação prevista para 2027, o impacto econômico sobre os preços dos automóveis já está sob análise. Consultores financeiros apontam que o novo imposto poderá encarecer motores de 1 litro, principalmente os modelos turbo. Assim, o mercado pode enfrentar desafios significativos.

Existem alguns cenários para o Imposto Verde, outro nome para o Imposto do Pecado, sugerindo um espectro de alíquotas de 5% a 20%. A distribuição dessas taxas dependerá do tipo de motor e combustível, afetando tanto veículos à combustão quanto eletrificados.

Desafios e expectativas futuras

Estudos indicam que o aumento na arrecadação pode chegar a 4% para veículos leves. Esse cenário pode frear o crescimento do setor automotivo em 2025, especialmente considerando o atual contexto macroeconômico de fraco crescimento e taxas de juros elevadas, conforme as análises de Pagliarini.

A implementação do Imposto Seletivo ainda depende da regulamentação de leis específicas, mas já provoca discussões sobre o futuro da economia e do mercado automotivo no Brasil. A expectativa é grande em relação à sanção presidencial e às definições que surgirão nos próximos meses.

você pode gostar também