Existe idade ‘ideal’ para parar de dirigir? Segundo pesquisas, sim
Estudos internacionais determinam a idade média para parar de dirigir, destacando a importância de avaliações médicas e suporte emocional.
A difícil decisão de parar de dirigir gera debates em diversas esferas da sociedade. Pesquisas conduzidas pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, e pela Fundação Mapfre, na Espanha, investigaram qual é a idade mais apropriada para interromper a condução de veículos.
Essas pesquisas sugerem que, a partir dos 70 anos, os motoristas devem submeter-se a avaliações periódicas de suas capacidades físicas e cognitivas. Essas medidas são essenciais para garantir a segurança no trânsito e a saúde do condutor.
Além disso, a Direção Geral de Trânsito da Espanha divulgou um estudo que indica a média de 75 anos como a idade em que o declínio físico e cognitivo se torna mais acentuado. Isso influencia diretamente a segurança nas estradas e a tomada de decisões ao volante.
Fatores que influenciam a decisão de parar de dirigir
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Monitoramento da saúde
Segundo os estudos, não existe uma regra universal. Exames frequentes e conversas entre motoristas, familiares e profissionais de saúde são cruciais. A aptidão para dirigir deve ser avaliada individualmente para garantir a segurança.
- Saúde visual comprometida pode afetar a percepção de distância.
- Reflexos mais lentos dificultam a coordenação motora.
- Dificuldades cognitivas podem prejudicar a atenção e decisões rápidas.
Pressões sociais e médicas
Entre os idosos, 45% relataram ter parado de dirigir devido à pressão social ou familiar. Razões médicas também são significativas, com 41% dos casos relacionados a problemas de saúde e 36% a dificuldades de memória.
Impactos emocionais e suporte necessário
Além das mudanças práticas, deixar de dirigir causa um impacto emocional significativo. Um levantamento mostrou que 41% dos idosos experimentaram sentimentos negativos, como a perda de independência. O suporte emocional se torna fundamental nesse processo.
No geral, a idade não deve ser o único critério para determinar a suspensão da habilitação; os especialistas sugerem medidas como:
- Exames psicofísicos regulares ao renovar a carteira.
- Evitar dirigir em condições adversas ou durante a noite.
- Optar por trajetos acompanhados em viagens complexas.
Estudos indicam que, com apoio adequado, muitos idosos continuam dirigindo com segurança. Avaliações regulares combinadas com suporte emocional minimizam os impactos negativos e favorecem a adaptação a novas formas de mobilidade.
Essa transição, apesar de desafiadora, pode ser manejada de forma a preservar o bem-estar dos idosos e suas famílias.