Nova gasolina com mais etanol: carros importados estão em perigo?
Análise revela que híbridos importados, mesmo sem tecnologia flex, podem operar com a gasolina brasileira. Mas há um porém.
A crescente introdução de veículos híbridos importados no mercado brasileiro levanta questões sobre a compatibilidade com a gasolina local. O combustível no Brasil apresenta uma mistura de etanol que varia de 22 a 35% na gasolina comum, após a sanção do presidente Lula, e de até 25% na gasolina premium.
Essa composição exige que os motores estejam devidamente ajustados para evitar danos. Os fabricantes que desejam comercializar seus veículos no Brasil devem garantir que os componentes dos motores sejam resistentes a essa mistura específica.
Dito isso, especialistas destacam a importância de materiais duráveis para enfrentar os desafios da gasolina brasileira.
Ajustes tecnológicos nos veículos
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A chave para o funcionamento eficaz é a tecnologia de sensores. O sensor de oxigênio, conhecido como sonda lambda, desempenha um papel crucial ao ajustar a mistura ar-combustível. Ele analisa os gases emitidos após a combustão para avaliar o oxigênio remanescente, permitindo que o sistema de injeção se ajuste conforme necessário.
Apesar de os veículos importados não possuírem tecnologia flex, o engenheiro menciona que o sistema eletrônico possui alta adaptabilidade. Isso permite que os carros se ajustem automaticamente ao teor de etanol na gasolina, garantindo um bom desempenho.
Além disso, caso a mistura com etanol esteja entre 22% e 40%, os riscos para os componentes dos motores são baixos, ou seja, não prejudicam o veículo a longo prazo.
Riscos associados a combustíveis adulterados
Especialistas alertam sobre os perigos dos combustíveis adulterados. Combinações inadequadas, como o excesso de etanol ou a presença de substâncias como água, podem danificar os componentes do motor. Nessas condições, as tecnologias atuais não conseguem lidar adequadamente com tais misturas.
As consequências da adulteração incluem:
- Danos aos materiais em contato com o combustível;
- Comprometimento do desempenho do motor;
- Possível falha dos sistemas eletrônicos de adaptação.
Uma adição indevida de etanol hidratado pode ser especialmente prejudicial. A falta de desenvolvimento adequado para enfrentar essa hidratação específica faz com que os componentes sejam mais suscetíveis a falhas.
A compatibilidade de veículos híbridos importados com a gasolina brasileira exige atenção dos fabricantes. Embora o ajuste automático ao etanol seja viável, combustíveis adulterados representam um desafio significativo. Portanto, a qualidade do combustível é fundamental para a durabilidade dos motores.