Fim do sonho? Nissan pode cancelar SUV estilo Duster no Brasil por causa da crise
Nissan ajusta sua abordagem no Brasil, priorizando inovação em modelos existentes e explorando novos mercados com lançamentos.
Recentemente, a Nissan revelou um plano estratégico de longo prazo que impacta diretamente o mercado brasileiro. Entre as novidades, está a renovação significativa da picape Frontier, que receberá melhorias tecnológicas sem modificar sua geração atual.
Além disso, modelos como o sedã Versa continuarão a receber atualizações estéticas, enquanto o Sentra apresenta um novo design.
A decisão de encerrar a fabricação de veículos na Argentina e transferir a produção para o México já causou repercussões na região. Dessa forma, a versão atualizada da Frontier 2026 será importada do México, assim como os sedãs.
A Nissan também revelou em seu anúncio global alguns SUVs, embora nenhum deles esteja previsto para o Brasil.
Planos globais e implicações locais
A marca revelou um novo SUV médio, intitulado “C-SUV”, comparável ao Renault Duster. Contudo, este modelo é direcionado ao mercado indiano e não será lançado no Brasil.
Ainda no contexto da Aliança Renault-Nissan, foi comunicado que a operação indiana será gerida pela Renault, que agora detém 51% das ações.
Plataforma e inovações
O novo SUV prometido provavelmente usará a plataforma CMF-B, também utilizada pelo Dacia Duster (que não é comercializado no Brasil) e pela nova versão do Nissan Kicks.
A Renault, por sua vez, está evoluindo sua plataforma para a RGMP, que servirá de base para os futuros SUVs médios, incluindo um novo modelo derivado do conceito Niagara.
Produção nacional e novos lançamentos
No Brasil, a fábrica em Porto Real (RJ) está focada na produção do Kicks Play e da nova geração do Kicks, que será ampliada para competir com o Jeep Compass. Há ainda um terceiro modelo inédito em desenvolvimento, embora poucos detalhes tenham sido divulgados.
Investimentos recentes da montadora no Brasil têm sido canalizados para esses modelos, destacando a separação das operações da Renault e Nissan após a estabilização financeira da japonesa. Esse movimento ocorre em paralelo às negociações de cooperação com a Honda.