Carros preenchidos com isopor? Veja o que veículos mais baratos podem esconder
A presença do poliestireno expandido, popularmente conhecido como isopor, nos carros modernos, levanta questões sobre segurança e qualidade, mas sua utilização é uma tendência crescente.
Nos últimos anos, a indústria automotiva tem incorporado materiais inovadores na fabricação de veículos, e o poliestireno expandido (EPS) é um deles. Este material, que pode ser confundido com o tradicional isopor, está cada vez mais presente, especialmente nos modelos mais econômicos.
Embora a aparência e a textura possam gerar dúvidas sobre a qualidade, sua segurança e eficiência são inquestionáveis.
A KNAUF Industries, especialista em poliestireno expandido, destaca que o EPS é extremamente moldável e pode ser facilmente combinado com outros materiais, como plásticos e tecidos.
ssa versatilidade permite a produção econômica de componentes automotivos, sem comprometer as propriedades estéticas e funcionais. O material é seguro e versátil, aplicável em diversas partes do veículo, desde reforços estruturais até isolamento acústico e térmico.
Tipos de materiais: EPS e EPP
Existem variações semelhantes ao EPS, como o polipropileno expandido (EPP), que possui maior rigidez e é utilizado em partes como caixas de estepe.
Já o EPS, mais maleável, é amplamente usado devido às suas propriedades isolantes e leveza. Ambos são 100% recicláveis, contribuindo para soluções ecológicas na indústria automotiva.
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Evolução e vantagens do EPP
Desde a década de 1980, o EPP trouxe uma verdadeira revolução na fabricação de veículos. Sua introdução permitiu reduzir o peso dos automóveis em mais de 10%, resultando em uma economia de combustível de até 7%.
Inicialmente usado em para-choques pela sua capacidade de absorver impactos, o material agora é encontrado em várias partes dos carros, como encostos de cabeça e cadeirinhas infantis.
Desafios estéticos e percepção de qualidade
A presença do EPS em partes visíveis dos veículos pode ser malinterpretada pelos consumidores, que associam o material à baixa qualidade.
Contudo, a questão é mais estética do que estrutural. Em modelos mais caros, o material é utilizado de forma mais discreta, com acabamentos refinados que escondem sua presença sem abrir mão dos benefícios funcionais.