Menos impostos! BYD quer criar ‘raízes’ no Brasil e montar carros com peças da China
BYD negocia redução de impostos para importar kits da China e montar veículos na Bahia a partir do segundo semestre.
A marca chinesa BYD está articulando com o governo brasileiro alterações na política tarifária para facilitar a importação de kits de peças automotivas. O objetivo é reduzir o Ex-tarifário de 20% para 10%, permitindo que a montagem final ocorra na fábrica de Camaçari, na Bahia.
A iniciativa visa diminuir a dependência de veículos prontos importados da China, que enfrentam elevadas tarifas. A BYD está interessada em acelerar o início das operações no Brasil, que têm enfrentado atrasos, integrando componentes nacionais nos veículos montados localmente.
Este movimento está formalizado em documentos no Sistema Eletrônico de Informações (SEI) do governo e busca tornar a produção nacional mais competitiva, além de promover veículos com eficiência energética superior.
Modelos planejados para o mercado brasileiro
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- Picapes e SUVs em destaque
A BYD pretende montar no Brasil cinco modelos, incluindo os conhecidos Song Plus, Dolphin e Yuan. Além desses, duas picapes: a já existente Shark e uma ainda em desenvolvimento, projetada para competir com modelos como a Fiat Toro.
Especificamente, a nova picape terá características semelhantes ao SUV Song Plus e à picape Shark, apresentando motorização híbrida. A tecnologia DM-i da BYD, que combina motor a gasolina e elétrico, é cotada para equipar o novo veículo, prometendo potência de 235 cv.
- Expansão com a ‘baby Shark’
A BYD também planeja lançar a “baby Shark”, uma picape compacta direcionada ao mercado da Fiat Strada. Estuda-se detalhadamente a líder de vendas no Brasil para entender seus diferenciais e aplicá-los no novo modelo. Veículos foram enviados à China para avaliações rigorosas.
Perspectivas para a indústria automotiva local
Com a potencial redução de impostos, a BYD busca fortalecer sua presença no mercado brasileiro. A produção local com integração de peças nacionais pode impulsionar a economia regional e oferecer ao consumidor brasileiro veículos mais acessíveis e eficientes.
Espera-se que esses esforços não só diversifiquem a oferta de veículos no Brasil, mas também promovam a inovação tecnológica no setor automotivo nacional. A inclusão de tecnologias híbridas nos novos modelos reflete o compromisso com eficiência e sustentabilidade.