Idade máxima para dirigir existe? Veja até quantos anos é permitido estar atrás de um volante
Entenda a legislação sobre a direção por idosos, cuidados ao volante e sinais de que é hora de parar de dirigir.
A população idosa está crescendo no Brasil, com projeções do IBGE indicando que, até 2060, mais de 25% dos brasileiros terão 60 anos ou mais.
Este aumento também reflete no número de motoristas idosos, levantando questões sobre até que idade é seguro e permitido dirigir. Neste cenário, a renovação da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) se torna um ponto de atenção.
Conforme os motoristas envelhecem, a preocupação com a segurança no trânsito aumenta. Isso porque as funções cognitivas e motoras podem não operar com a mesma eficiência.
A legislação brasileira aborda essa questão de maneira cuidadosa, sem estipular uma idade fixa para interromper a condução.
O que diz o CTB sobre a CNH do idoso?
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Segundo o Código de Trânsito Brasileiro, não há um limite etário definido para deixar de dirigir. A decisão pode ser individual ou depender de uma avaliação do Detran durante a renovação da CNH. No entanto, a renovação do documento se torna mais frequente à medida que a idade avança.
Para motoristas com até 49 anos, a CNH deve ser renovada a cada 10 anos. Aqueles entre 50 e 69 anos renovam a cada cinco anos, enquanto motoristas com 70 anos ou mais devem fazê-lo a cada três anos. Isso garante que exames de saúde sejam realizados com maior regularidade.
Exames obrigatórios na renovação
Durante a renovação, exames são obrigatórios para avaliar audição, visão, mobilidade, capacidades cognitivas e motoras.
Profissionais de saúde conveniados ao Detran são responsáveis por determinar a aptidão do condutor. Algumas condições de saúde podem resultar em intervalos de renovação ainda mais curtos.
Sinais de alerta para motoristas idosos
O envelhecimento pode impactar habilidades críticas para dirigir com segurança. Especialistas destacam sinais de alerta, como dificuldades visuais e auditivas, equilíbrio reduzido, reflexos lentos e força muscular diminuída. Essas condições podem aumentar os riscos no trânsito.
- Dificuldade de visão e audição;
- Redução do equilíbrio e reflexos;
- Fraqueza muscular e óssea;
- Diminuição das capacidades cognitivas.
Problemas osteoarticulares e neuromusculares, como artrites e hérnias, além de doenças visuais e auditivas, podem afetar a capacidade de dirigir. Assim, o acompanhamento médico regular torna-se essencial.
Quando a Família Deve Intervir?
Mesmo quando há comprometimento das habilidades, alguns idosos insistem em dirigir. Nesses casos, a intervenção familiar pode ser necessária, abordando a questão com paciência e delicadeza. Incentivar o idoso a reconhecer suas limitações é fundamental para garantir a segurança.
Abordar o tema com empatia e oferecer alternativas de mobilidade, como transporte por aplicativo ou caronas, são estratégias que podem facilitar essa transição. Avaliações médicas regulares também devem ser incentivadas para assegurar decisões conscientes e seguras.