A tecnologia que fez a Toyota acelerar na frente — e agora todos querem copiar

Toyota lidera a corrida dos híbridos flex no Brasil, enquanto rivais enfrentam desafios para acompanhar o avanço tecnológico.

Em 2019, a Toyota introduziu uma revolução no mercado automobilístico brasileiro com o lançamento do Corolla, o primeiro carro híbrido flex do mundo, fabricado no Brasil.

Com essa inovação, a empresa colocou o país no mapa da eletrificação automotiva flex. Em seguida, o Corolla Cross chegou em 2021, e o Yaris Cross está previsto para o segundo semestre de 2025, mantendo a mesma tecnologia de ponta.

Apesar dos avanços da Toyota, outras montadoras ainda estão na corrida para lançar seus veículos híbridos flex. Enquanto isso, a tecnologia inovadora permanece exclusiva da Toyota no mercado brasileiro até o primeiro trimestre deste ano, evidenciando os desafios enfrentados pelos concorrentes em alcançar essa tecnologia.

O que é um híbrido flex?

Um veículo híbrido flex combina um motor elétrico, alimentado por bateria, com um motor a combustão que usa etanol ou gasolina.

O sistema da Toyota utiliza um motor 1.8 combinado com motores elétricos, totalizando 122 cv. O funcionamento é otimizado pela recarga da bateria durante as frenagens ou pelo motor a combustão, eliminando a necessidade de carregamento por tomada.

Toyota Corolla Altis Premium Hybrid 2025 (Foto: Divulgação/Toyota)

Corrida tecnológica entre montadoras

Marcas como Fiat, Honda e Volkswagen estão empenhadas em desenvolver suas próprias versões de híbridos flex. A Fiat introduziu em 2024 um sistema híbrido-leve, o Bio-Hybrid, que estará disponível no Jeep Compass em 2027.

A Honda visa a 2028 para lançar seu híbrido flex, assim como a Volkswagen, que planeja modelos como T-Cross e Nivus em versões híbridas plug-in.

Desafios na implementação

O desenvolvimento de veículos híbridos flex enfrenta três grandes desafios: custo, tempo de adaptação tecnológica e mercado.

O custo elevado deve-se às peças resistentes necessárias para o etanol, além de baterias e eletrônicos, que ainda são importados. A nacionalização dessas peças é crucial para reduzir custos e tempo de produção.

A Toyota como referência

A experiência da Toyota no mercado híbrido desde 1997, com o lançamento do Prius, possibilitou a adaptação do modelo para o etanol brasileiro.

Essa expertise resultou em veículos eficientes e com baixa emissão, como o Prius, que faz até 18 km/l na cidade com gasolina e reduz as emissões em até 70% com etanol.

Outras montadoras estão investindo milhões para alcançar o equilíbrio encontrado pela Toyota entre custo, produção local e atração do consumidor.

A Stellantis destina R$ 32 bilhões para alcançar esse objetivo até 2030. Apesar dos esforços, a Toyota continua à frente no mercado de híbridos flex, aguardando o lançamento do Yaris Cross em 2025, o que fortalecerá ainda mais sua presença no setor.

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