Gasolina ou etanol? A verdade que ninguém te contou sobre a vida útil do motor flex

Determinar se álcool ou gasolina afeta mais a durabilidade dos motores flex é crucial para consumidores e indústria automobilística.

A durabilidade dos motores flex não depende do combustível utilizado, seja álcool ou gasolina. Segundo especialistas em mecânica, esses motores são projetados para suportar ambos os combustíveis eficazmente, garantindo uma vida útil equivalente, independentemente do tipo de combustível. Ou seja, o condutor pode abastecer sem medo.

O que acontece é que os motores flex são equipados com sistemas de injeção e unidades de controle eletrônico (ECU) capazes de identificar e adaptar-se à qualidade e quantidade exata dos combustíveis. Isso proporciona uma combustão eficiente e mantém a durabilidade do motor.

Desempenho variado conforme o combustível

O rendimento do motor flex pode variar conforme a combinação de gasolina e etanol utilizada. A potência obtida é um valor intermediário, sendo influenciada pela taxa de combustão do motor. Isso resulta em diferentes níveis de desempenho.

O engenheiro Fábio Ferreira, da Bosch, menciona que, em motores com alta taxa de compressão, a potência pode variar.

Por exemplo, com gasolina é possível atingir 106 cv, enquanto com etanol chega-se a 111 cv. Uma mistura equilibrada entre os dois proporciona cerca de 110 cv.

Foto: Shutterstock

Etanol e sua influência na potência

Embora o etanol geralmente aumente a potência em motores flex, isso não é uma regra. A programação da ECU do motor é um fator determinante. Marcas como Nissan, por exemplo, mantêm a mesma potência para ambos os combustíveis.

Outro exemplo de veículo inclui:

  • O antigo Honda HR-V 1.8 demonstrava maior potência com gasolina, alcançando 140 cv.
  • Com etanol, apresentava 139 cv, ou seja, menor em comparação à gasolina.

Isso evidencia que o aumento de potência com etanol não é absoluto e depende da configuração específica do motor.

O uso do etanol pode ser favorecido por suas propriedades antidetonantes, que permitem taxas de compressão mais altas, entre 10,5 e 11,1, comuns em motores flex, enquanto a gasolina requer taxas mais baixas.

Resumidamente, enquanto a durabilidade dos motores flex não é afetada pelo tipo de combustível, o desempenho pode variar, dependendo das configurações e propriedades dos combustíveis utilizados.

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