Você sabia? Semáforos nem sempre tiveram as cores verde, amarela e vermelha
Descubra como as cores dos semáforos moldaram a segurança nas cidades ao longo da história.
A presença dos semáforos nas ruas é tão comum que raramente questionamos a razão por trás das cores vermelho, amarelo e verde. No entanto, essas escolhas cromáticas têm raízes profundas na história ferroviária do século XIX.
As cores foram adotadas por sua capacidade de destaque e por promoverem segurança no trânsito.
O uso das cores nos semáforos não foi uma decisão aleatória, mas sim uma evolução de práticas estabelecidas por sinais ferroviários. Originalmente, as ferrovias utilizavam luzes a gás nas cores vermelho, verde e branco.
A cor branca, embora inicialmente utilizada para indicar liberação, acabou gerando confusões perigosas.
Evolução das cores no sistema ferroviário
Em 1914, um acidente grave destacou as falhas no uso da cor branca. Uma lente vermelha deslocada transformou a luz de “pare” em “siga”, resultando em uma colisão entre trens.
Esse evento levou à eliminação do branco e à ascensão do verde como sinal de avanço seguro.
Transição para o sistema atual
Somente em 1920, William L. Potts, um policial de Detroit, adaptou o sistema ferroviário para o ambiente urbano.
Ele introduziu um semáforo de três cores para gerenciar o tráfego em cruzamentos movimentados, ajustando as funções cromáticas para atender às novas necessidades do trânsito.
Fundamentos científicos por trás das cores
Cada cor dos semáforos modernos foi escolhida devido ao seu comprimento de onda específico.
O vermelho, com o maior comprimento de onda, é ideal para chamar atenção e alertar motoristas. O verde, altamente visível e contrastante, representa agora segurança para avançar.
Já o amarelo, que possui o segundo maior comprimento de onda, avisa sobre a iminente mudança do sinal para despertar a atenção dos condutores.
Assim, a combinação das cores vermelha, amarela e verde se consolidou como padrão internacional. As decisões que levaram à sua escolha não foram meramente estéticas, mas baseadas em testes práticos e considerações científicas, promovendo segurança e eficiência no tráfego mundial.