Free Flow é confiável? Entenda os prós e contras do novo pedágio eletrônico
Pedágio moderno chegou, mas ainda 'engasga' na hora de explicar como funciona.
A implementação do pedágio free flow nas rodovias brasileiras promete viagens mais rápidas e cobranças mais justas. Com câmeras e sensores substituindo as tradicionais praças de pedágio, a inovação já está em operação na BR-101 e nos estados de São Paulo e Rio Grande do Sul.
Apesar dos benefícios aparentes, como a eliminação de filas e a redução nas emissões de poluentes, o sistema enfrenta questionamentos sobre fiscalização e transparência.
Especialistas em infraestrutura analisam se a tecnologia será um avanço ou um desafio para a mobilidade no Brasil.
Como funciona o pedágio free flow?
O free flow elimina barreiras físicas, utilizando pórticos eletrônicos que identificam a placa do veículo e calculam a tarifa proporcional ao trecho percorrido.
Assim, o motorista não precisa parar, e a cobrança é efetuada por meio de tags de pagamento ou boletos digitais.
Atualmente, a tecnologia está ativa no trecho Rio-Santos da BR-101, sendo a primeira federal a adotá-la em 2023. Além disso, São Paulo e Rio Grande do Sul planejam expandir o sistema até 2025, prometendo uma nova era de fluidez nas estradas.
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Desafios do Modelo Free Flow
Muitos motoristas desconhecem o funcionamento detalhado do sistema, ocasionando inadimplência e confusão. A regulamentação precisa ser mais clara para garantir adesão e compreensão.
Outro ponto importante é que a falta de controle rigoroso facilita fraudes, enquanto a ausência de campanhas educativas aumenta os incidentes de multas. Melhorar a comunicação com o público é essencial para mudar essa percepção negativa.
Além disso, locadoras de veículos enfrentam dificuldades para controlar custos, enquanto concessionárias correm o risco de desequilíbrio financeiro devido a falhas na arrecadação, afetando potencialmente contratos e reajustes tarifários.
Como resolver os ‘problemas’ do pedágio free flow?
Especialistas analisam os problemas enfrentados pelo sistema de fiscalização e propõem algumas melhorias, como:
- Regulamentação Detalhada: estabelecer prazos e valores claros para reequilíbrio financeiro.
- Fiscalização Integrada: conectar bancos de dados para cobrança em tempo real.
- Campanhas Multicanal: educar usuários sobre o sistema, reduzindo penalidades.
- Plataforma de Pagamentos: criar um site único para quitação de tarifas.
- Indicadores Públicos: divulgar dados de desempenho para garantir transparência.
No geral, o pedágio free flow tem potencial para transformar a infraestrutura rodoviária do Brasil, promovendo eficiência e sustentabilidade.
No entanto, sem regulamentação clara e comunicação eficiente, o sistema pode enfrentar resistência dos motoristas. A tecnologia está disponível, mas sua implementação bem-sucedida requer confiança mútua entre concessionárias, Estado e usuários.