Combustível batizado? 5 coisas que os postos não querem que você saiba
Saiba como prevenir problemas com combustível adulterado no Brasil. Confira cinco dicas para evitar dores de cabeça ao abastecer.
Abastecer o veículo parece uma tarefa rotineira e sem mistérios. No entanto, no Brasil, o risco de cair em um posto com combustível batizado ainda é real e pode gerar grandes dores de cabeça, desde falhas mecânicas até prejuízos financeiros consideráveis.
A boa notícia é que, com alguns cuidados estratégicos, é possível fugir de combustível adulterado e preservar a vida útil do seu carro ou motocicleta.
Se você quer fugir desse problema e aprender a identificar combustível batizado antes que seja tarde, confira os 5 cuidados essenciais que todo motorista precisa adotar na hora de abastecer — e o que fazer caso suspeite de irregularidades.
O que é combustível batizado e por que ele é tão perigoso?
O termo “combustível batizado” refere-se à gasolina, etanol ou diesel adulterados com substâncias que reduzem sua qualidade, como solventes, água, querosene ou até metanol.
Essa prática, ilegal e perigosa, compromete seriamente o desempenho do motor, aumenta o consumo, danifica componentes e pode até anular a garantia de fábrica do veículo.
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5 cuidados para evitar abastecer com combustível adulterado
Para não cair em armadilhas ao abastecer o carro, tenha estes cinco cuidados:
1. Exija sempre a nota fiscal
A nota fiscal é a única comprovação formal de que você abasteceu em determinado posto. Em caso de problema com o combustível, ela será indispensável para registrar queixa no Procon ou na ANP (Agência Nacional do Petróleo).
2. Desconfie de preços muito abaixo da média
Preços extremamente baixos devem acender um alerta. Se a oferta parecer boa demais para ser verdade, provavelmente não é confiável. Antes de abastecer, pesquise a média de preços na sua região usando apps como o Waze, Preço dos Combustíveis ou o próprio site da ANP.
3. Observe as informações na bomba
Os postos são obrigados a informar se o combustível é comum ou aditivado. Se essa sinalização não estiver visível ou gerar dúvidas, não corra riscos. Abasteça apenas onde houver transparência total.
4. Verifique a bandeira do posto
Postos com bandeira branca (sem vínculo com distribuidora exclusiva) devem informar, em cada bomba, qual empresa forneceu o combustível. Esses dados ajudam a rastrear eventuais irregularidades e são um direito do consumidor.
5. Peça o teste de qualidade
Todo posto deve estar preparado para realizar o teste de qualidade do combustível, como o teste de teor alcoólico do etanol ou densidade da gasolina. Se o frentista se recusar a fazê-lo, considere isso um sinal de alerta.
Como denunciar um posto com combustível adulterado?
Se você desconfia que abasteceu com combustível batizado, denuncie. A ANP (Agência Nacional do Petróleo) realiza fiscalizações e também recebe queixas de consumidores. Veja como agir:
- Ligue para o número 0800-970-0267 (gratuito);
- Ou acesse o site oficial: www.gov.br/anp.
Se houve dano ao veículo, registre também uma reclamação no Procon, com a nota fiscal em mãos e um laudo técnico da oficina comprovando o prejuízo.
Além disso, existem consequências para postos que vendem combustível batizado, sendo:
- Interdição temporária ou definitiva do estabelecimento;
- Multas elevadas;
- Processo administrativo com possibilidade de cassação da licença;
- Responsabilização civil por danos causados ao consumidor.
Proteja seu carro e seu bolso
Com a alta frequência de fraudes no mercado de combustíveis, o melhor caminho é informação e prevenção. Adotar essas práticas não só protege seu veículo como fortalece a cultura de consumo consciente.
Evite dores de cabeça, preserve seu patrimônio e abasteça com segurança.