CEO da Ford cita BYD e Geely como marcas chinesas mais desafiadoras

Jim Farley, CEO da Ford, destaca BYD e Geely como concorrentes preocupantes e anuncia nova plataforma elétrica.

O setor automotivo global vive um momento de transformação com a ascensão das fabricantes chinesas de veículos elétricos. Jim Farley, CEO da Ford, tem intensificado suas preocupações acerca desse avanço.

Durante o Aspen Ideas Festival 2025, ele não hesitou em mencionar duas marcas que considera ameaçadoras: BYD e Geely.

Farley caracteriza a rápida expansão dessas empresas como uma “ameaça existencial” para as montadoras tradicionais. Ele enfatiza a importância de acompanhar a evolução tecnológica e de qualidade dessas marcas que buscam espaço no mercado europeu.

Essa preocupação tem origem em suas frequentes visitas à China, sete vezes apenas em 2024, onde testemunhou o crescimento acelerado do setor. A experiência direta no país asiático levou Farley a estudar de perto as inovações locais.

Um exemplo é a análise de um veículo elétrico da BYD, destacando a eficiência das baterias de fosfato de ferro-lítio (LFP) produzidas internamente. Esta tecnologia reduz custos e mantém a qualidade, eliminando margens de lucro de fornecedores.

Mudanças estruturais e nova plataforma elétrica

Para enfrentar essa concorrência, Farley defende a implementação de mudanças na produção da Ford. Ele propõe fábricas menores, menos mão de obra e processos simplificados para aumentar a eficiência.

A meta é alinhar o trabalho da montadora à agilidade das marcas chinesas, que pressionam as fabricantes ocidentais a repensar modelos de produção.

Além disso, no dia 11 de agosto, a Ford apresentará em Kentucky sua nova plataforma de veículos elétricos. Farley descreve este lançamento como um “momento Modelo T” para a empresa, em referência à inovação histórica do início do século XX.

O foco será em carros elétricos compactos, acessíveis e tecnologicamente avançados.

Estratégia e futuro da Ford

A nova plataforma visa otimizar custos e acelerar o desenvolvimento de veículos elétricos acessíveis. Farley acredita que esse movimento é crucial para a Ford recuperar espaço no mercado e competir diretamente com os modelos chineses.

Agilidade e decisões estratégicas são vistas como essenciais para enfrentar a concorrência crescente e atender a um público cada vez mais exigente.

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