Quem dá mais? Uber testa novo recurso que dá prioridade por lance extra

Uber escolhe cidade goiana para testar a função "Não pegue filas", priorizando corridas com lance adicional.

Sem aviso oficial, o aplicativo da Uber introduziu em Anápolis o recurso “Não pegue filas”, substituindo a antiga opção Prioridade. A novidade foi percebida por moradores da cidade de Anápolis, localizada na região central de Goiás.

Agora, quem deseja ser atendido mais rápido pode adicionar um valor adicional para atrair motoristas próximos, criando uma espécie de leilão silencioso dentro da plataforma.

No aplicativo, é possível conferir o controle do lance durante a corrida, indicando que quem paga mais tende a receber atendimento prioritário.

Como o site oficial da Uber não menciona a função em outras regiões, cresce a percepção de que se trata de um teste exclusivo na cidade, que promete agilizar corridas, mas também levanta discussões sobre custo e justiça no atendimento.

Uber testa novo modelo de prioridade em Anápolis

O esquema funciona como uma espécie de leilão virtual. O passageiro define um lance adicional e acompanha o tempo estimado de busca do motorista parceiro. Por consequência, o sistema prioriza os chamados com remuneração extra para os motoristas nas imediações.

Segundo relatos, o botão “Não pegue filas” substitui o antigo “Prioridade” e aparece apenas para parte dos usuários.

Diferenças com 99 e inDrive

Apesar da semelhança superficial com os modelos de negociação, o mecanismo difere dos sistemas da inDrive e da 99. Neles, passageiro e motorista definem o valor total da viagem, inclusive com a função “Negocia” na 99.

Já na Uber, o acréscimo oferecido pelo passageiro apenas eleva a prioridade na busca por uma corrida.

Impactos para passageiros e motoristas

A introdução do recurso levanta questões sobre a equidade no uso do aplicativo. Passageiros que podem pagar mais têm acesso a corridas mais rápidas, enquanto aqueles que não podem arcar com o adicional podem enfrentar tempos de espera maiores.

Especialistas em mobilidade urbana apontam que esse modelo, embora eficiente para agilizar atendimentos, pode gerar sensação de desigualdade entre os usuários.

Além disso, a prática pode influenciar o preço médio das corridas na região, já que os motoristas podem priorizar chamadas com maior remuneração, mudando a dinâmica de oferta e demanda dentro da plataforma.

Para os motoristas, o leilão silencioso representa uma oportunidade de ganhos extras, mas também aumenta a pressão para atender chamadas mais lucrativas. Isso pode impactar a distribuição de corridas e gerar filas em bairros menos movimentados, tornando o sistema mais vantajoso para áreas centrais.

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