Os 5 golpes mais frequentes nos postos de gasolina do Brasil
Abastecer requer atenção: confira procedimentos e evite golpes que afetam seu veículo e orçamento.
Abastecer o carro exige atenção redobrada, muito além de buscar o combustível mais barato. É preciso conferir procedimentos, equipamentos e cobranças para evitar prejuízos ao bolso e ao veículo.
Nos últimos anos, criminosos desenvolveram golpes sofisticados que se aproveitam de falhas técnicas e distrações no momento do pagamento.
Em agosto, o Ministério Público de São Paulo e a Receita Federal divulgaram investigações ligando a maior facção criminosa do Brasil, o PCC, a fraudes em bombas, adulteração de gasolina e lavagem de dinheiro. O alerta reforça a necessidade de cuidado.
O avanço de esquemas digitais e mecânicos exige atenção redobrada no posto. Portanto, adotar práticas como conferir os selos do Inmetro e pedir notas fiscais sempre pode fazer a diferença.
5 golpes comuns ao abastecer e como se proteger
Diante desse cenário, listamos cinco golpes comuns no abastecimento e estratégias práticas de prevenção. Com atenção e procedimentos simples, motoristas podem proteger seu veículo e seu orçamento.
1. Postos clones
Golpistas simulam bandeiras de grandes redes, como BR, Shell e Ipiranga, para ganhar credibilidade e atrair clientes pelo preço. Contudo, o produto costuma ter qualidade duvidosa.
Confirme CNPJ, bandeira e canal oficial da distribuidora. Ao identificar fraude, registre denúncia no Instituto Combustível Legal (ICL).
2. Bomba burra (ou chipada)
Usando um controle remoto ou aplicativo, o golpista altera a medição da bomba e reduz o volume efetivamente entregue ao cliente.
Para evitar problemas, solicite o abastecimento por litros, e não por valor em reais. Além disso, conheça a capacidade do tanque do seu carro e questione discrepâncias entre o mostrado no visor e o esperado.
3. Bomba que injeta ar
Criminosos manipulam a bomba para misturar ar ao fluxo, inflando o volume indicado no visor. Assim, você paga por litros que não entram no tanque de combustível.
Acompanhe o abastecimento do início ao fim, verifique se o visor está zerado e compare o total com a capacidade do veículo. Em caso de dúvida, denuncie às autoridades competentes.
4. Golpe do reajuste na maquininha
O total cobrado supera o valor exibido na bomba, explorando a distração ou a pressa do motorista.
Antes do pagamento, confirme o preço por litro e o total devido. Depois, compare a bomba, o visor da maquininha e a nota fiscal; se houver diferença, conteste no ato e fotografe os valores.
5. Troca de óleo sem necessidade
Alguns frentistas pressionam por serviços de lubrificação e filtros fora do cronograma do fabricante. Desse modo, você gasta sem necessidade e ainda pode misturar especificações inadequadas.
Se precisar mesmo do serviço, consulte o manual, acompanhe a quilometragem e verifique a viscosidade correta do produto conforme recomendado pelo fabricante. Caso contrário, recuse com segurança e busque um profissional para realizar a troca no prazo correto.
Boas práticas para evitar prejuízo
Crie um checklist simples: verifique o selo do Inmetro, o visor zerado, o volume por litros, o preço por litro e a emissão de nota fiscal. Além disso, abasteça em locais de confiança e mantenha um histórico de consumo.
Em caso de irregularidade, denuncie ao ICL, ao Procon e à polícia, conforme a gravidade.
Fraudes evoluem, mas hábitos consistentes reduzem muito o risco. Assim, a informação técnica, a atenção na bomba e a verificação de documentos formam a melhor defesa.