Dirige carro automático? 4 mitos que você precisa parar de acreditar agora mesmo

Desvendamos os mitos e realidades do câmbio automático para você nunca mais cair no conto do 'vigário'.

O câmbio automático conquistou milhões de motoristas no Brasil e no mundo, oferecendo mais conforto, praticidade e tecnologia em comparação ao câmbio manual.

No entanto, ao longo dos anos, diversas ideias equivocadas se espalharam, criando mitos sobre a transmissão automática que confundem condutores e até afastam alguns compradores desse tipo de veículo.

Para esclarecer as principais dúvidas, vamos separar a realidade das lendas e mostrar o que é verdade sobre o funcionamento do câmbio automático, suas variantes, como o câmbio CVT e os automatizados com embreagem seca ou banhada a óleo, e os cuidados necessários para prolongar sua vida útil.

Colocar em neutro nos semáforos: mito ou verdade?

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Um dos mitos mais comuns é acreditar que engatar o carro no modo neutro (N) a cada parada rápida, como no sinal vermelho, preserva a transmissão.

Na prática, isso não é necessário. Manter o veículo em Drive (D) em curtas paradas não causa prejuízos e pode até ser mais seguro, permitindo movimentar-se rapidamente em situações emergenciais.

Na verdade, alternar constantemente entre neutro e drive pode desgastar prematuramente o câmbio automático, já que força componentes que não precisariam ser acionados com tanta frequência. O modo N deve ser usado apenas em paradas prolongadas, como em congestionamentos muito demorados.

Rodar em ponto morto economiza combustível?

Outro mito perigoso é acreditar que andar na chamada “banguela” (neutro) gera economia de combustível. Nos carros modernos, equipados com injeção eletrônica, essa prática não traz nenhum ganho.

Pelo contrário: pode comprometer a segurança, já que o condutor perde parte do controle do veículo, especialmente sobre os freios, que ficam sobrecarregados.

Ou seja, em vez de tentar esse truque ultrapassado, a melhor estratégia é adotar uma condução suave, sem acelerações bruscas, o que de fato ajuda a reduzir o consumo e preservar os componentes do veículo.

Câmbio automático gasta mais que o manual?

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Durante muito tempo, o câmbio automático tinha fama de ser “beberrão”. Isso acontecia porque os primeiros modelos possuíam poucas marchas e trocas mais lentas, prejudicando o consumo.

Porém, a tecnologia evoluiu, hoje, transmissões automáticas contam com múltiplas marchas e sistemas inteligentes que se adaptam ao torque do motor.

Com isso, a diferença de consumo em relação ao câmbio manual praticamente desapareceu. Atualmente, é comum encontrar carros automáticos que fazem médias de 10 km/l na cidade, resultado impensável décadas atrás. O que realmente pesa no consumo é o estilo de condução, o motor e as condições de trânsito.

Câmbio automático dura menos?

Outra crença equivocada é a de que o câmbio automático teria menor durabilidade que o manual. Na prática, quando bem cuidado, ele pode atingir quilometragens igualmente altas.

O segredo está na manutenção preventiva, em especial na troca regular do fluído da transmissão, responsável por resfriar, lubrificar e proteger os componentes internos.

Assim como qualquer peça automotiva, a longevidade depende do cuidado do motorista. Ignorar sinais de mau funcionamento ou atrasar revisões pode reduzir a vida útil do sistema, mas isso não é exclusivo do câmbio automático.

O câmbio automático é confiável e eficiente

Ao analisar os principais mitos, fica claro que o câmbio automático não só oferece mais conforto, mas também pode ser econômico, durável e seguro quando utilizado corretamente.

Muitas das crenças que ainda circulam vêm de experiências antigas, quando a tecnologia era limitada. Hoje, com a evolução das transmissões, podemos dizer que optar por um carro automático é uma escolha cada vez mais racional, sem que o motorista precise se preocupar com os fantasmas do passado.

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