Estreia conturbada: robotáxis da Tesla já acumulam acidentes após lançamento

Tesla lançou seu serviço de robotáxis, mas já registrou acidentes, levantando preocupações de segurança.

A Tesla estreou seu serviço robotáxis em Austin, nos Estados Unidos, mas a inovação veio acompanhada de polêmica. Lançado em 1º de julho, o sistema Full Self-Driving (FSD) atraiu olhares de investidores, entusiastas e órgãos reguladores, mas também gerou preocupações sobre segurança.

Logo no primeiro dia, pelo menos três acidentes foram registrados, segundo dados da Forbes, com outros episódios ocorrendo ao longo do mês. Os incidentes reacenderam o debate sobre os riscos e os limites da tecnologia de direção autônoma.

Enquanto a Tesla promove o futuro da mobilidade, especialistas alertam que a condução totalmente autônoma ainda enfrenta desafios críticos. A estreia do serviço mostra que a inovação caminha lado a lado com o olhar público e a necessidade de aprimoramentos constantes.

O que ocorreu nas primeiras horas

Relatórios internos descreveram os três eventos iniciais com horários e circunstâncias distintas. Além disso, os documentos apontaram diferentes modelos envolvidos e tipos de impacto.

Os registros ajudam a mapear padrões em manobras críticas e reações do software.

  • 3h45: um Model Y reduziu e parou de forma abrupta; um SUV atingiu sua traseira. Segundo a Tesla, não houve maiores danos.
  • 12h20: um carro não identificado atingiu um objeto parado. Conforme os registros, o modelo não foi informado.
  • 15h15: um veículo da frota colidiu com um SUV durante uma curva à direita; a Tesla relatou ferimentos leves, sem hospital.

Além dos casos do primeiro dia, houve outras ocorrências no decorrer do primeiro mês de serviço em Austin. Segundo Elon Musk, os robotáxis percorreram até o momento apenas 11 mil kms em testes. A amostra ainda é limitada e exige ajustes contínuos.

Foto: Reprodução

Contexto do setor: experiência e desafios

Mais experiente no segmento, a Waymo também enfrentou percalços no início.

De acordo com a ArsTechnica, nos primeiros 80 milhões de quilômetros em serviço, a empresa registrou 60 acidentes graves, com airbags acionados e hospitalizações. Por outro lado, as métricas diferem das reportadas pela Tesla.

O FSD segue no centro das discussões por concentrar a lógica de percepção e decisão. Entretanto, incidentes em frenagens e conversões expõem limites de calibração e de leitura de cenário. As ocorrências ajudam equipes a priorizar atualizações e validar correções.

Os robotáxis da Tesla estrearam em Austin com visibilidade e pressão por resultados consistentes. No entanto, os incidentes iniciais e a comparação com a Waymo indicam uma longa curva de aprendizado.

Considerando o cenário, a evolução dos robotáxis da Tesla dependerá de quilometragem, telemetria confiável e atualizações do FSD.

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