Nunca faça isso: misturar óleo sintético e mineral pode acabar com seu carro
Entenda o perigo escondido em misturar óleos diferentes.
Cuidar do óleo do motor é uma das tarefas mais importantes para manter um veículo em perfeito funcionamento. Esse fluido é tão essencial quanto o sangue para o corpo humano: sem ele, o motor perde proteção, eficiência e pode ter a vida útil drasticamente reduzida.
Apesar disso, muitos motoristas ainda têm dúvidas sobre a possibilidade de misturar óleo sintético e mineral ou completar o nível com um tipo diferente do recomendado. A resposta dos especialistas é clara: essa prática pode trazer prejuízos sérios ao carro.
A função vital do óleo lubrificante no motor
O óleo lubrificante automotivo vai muito além de reduzir o atrito entre as peças móveis. Ele também protege contra a corrosão, auxilia na dissipação de calor em áreas onde o líquido de arrefecimento não alcança (como nos pistões), atua como vedação e contribui para a transmissão eficiente de potência.
Exerce uma função detergente, removendo impurezas que poderiam comprometer o desempenho do motor.
Por isso, a troca periódica é indispensável. A recomendação mais comum é substituir o óleo a cada 10.000 km rodados ou até antes, dependendo das condições de uso do veículo.
Foto: Shutterstock
Por que não se deve misturar óleo sintético e mineral?
A principal razão é a incompatibilidade química entre os aditivos presentes nos diferentes tipos de óleo. Cada lubrificante possui detergentes e compostos específicos que, quando misturados, podem se anular ou até mesmo reagir de forma prejudicial.
O resultado é um óleo que perde suas propriedades protetoras, expondo o motor a desgaste prematuro, superaquecimento e corrosão.
Outro ponto crucial é que os motores modernos são extremamente sensíveis à lubrificação. Trabalham em temperaturas controladas e dependem da viscosidade e da composição exata indicada pelo fabricante.
Ou seja, não basta escolher um óleo com viscosidade como “5W20” ou “0W30”: é necessário seguir o código API e a especificação oficial recomendada para o modelo do carro.
O papel do filtro de óleo e da manutenção correta
De nada adianta trocar o óleo se o filtro não for substituído junto. Esse componente é responsável por reter as impurezas e garantir que apenas o lubrificante limpo circule pelo motor. Ignorar a troca do filtro compromete todo o processo de lubrificação.
Completar o óleo apenas quando o nível está baixo, sem respeitar a especificação correta, pode ser tão prejudicial quanto rodar com o motor sem fluido suficiente. O ideal é sempre realizar a substituição completa dentro do prazo recomendado.
Consequências de misturar óleos diferentes
A prática de misturar óleos pode reduzir drasticamente a vida útil do motor, gerar ruídos anormais, causar falhas de lubrificação e, em casos extremos, levar ao travamento do propulsor. Os custos de um reparo desse porte são muito superiores ao simples cuidado de manter o óleo correto em dia.
Para garantir durabilidade, segurança e bom desempenho do veículo, nunca misture óleos de tipos ou especificações diferentes.
Respeite os prazos de troca, substitua também o filtro e utilize sempre o lubrificante indicado no manual. Esse cuidado simples é a chave para evitar gastos desnecessários e manter o motor funcionando de forma eficiente por muito mais tempo.