Não compre gato por lebre: 3 truques para identificar se um carro já foi batido

Antes de comprar um carro usado, saiba como identificar sinais de colisões anteriores e assegurar a integridade do veículo.

Comprar um carro usado pode ser uma ótima alternativa para economizar, mas também carrega riscos, principalmente quando o veículo já passou por colisões.

Um dos maiores temores de quem busca seminovos é adquirir um carro que tenha sofrido danos estruturais ocultos, que podem comprometer a segurança e gerar gastos inesperados.

Felizmente, existem métodos para descobrir se um automóvel já foi batido, seja por consultas oficiais ou pela análise direta do veículo.

Consultas oficiais: placa, Renavam e vistorias

Antes de fechar negócio, é possível obter informações valiosas sobre um carro com a placa e o Renavam. O site do Detran oferece detalhes sobre vistoria obrigatória de transferência e histórico de proprietários, revelando se o veículo passou por alterações formais ao longo do tempo.

Além disso, o laudo de vistoria cautelar, realizado por empresas credenciadas, é uma ferramenta poderosa. Ele analisa componentes como chassi, motor, câmbio, vidros e etiquetas de identificação, buscando sinais de adulteração ou reparos.

Também verifica se há registros de sinistro, roubo, furto, leilão ou bloqueio judicial. Ao final, o proprietário recebe um relatório detalhado com fotos, que evidencia as condições reais do carro.

Inspeção visual: o olho clínico do comprador

Mesmo sem uma vistoria formal, é possível detectar indícios de colisões com uma observação cuidadosa. O ideal é realizar a inspeção em local aberto e bem iluminado, de preferência sob luz natural, para facilitar a percepção de diferenças na pintura ou no alinhamento de peças.

Marco Colosio, diretor regional da SAE Brasil, explica:

“Um bom olho clínico consegue notar a diferença entre a pintura original e a repintada. Marcas na cabeça dos parafusos também denunciam desmontagens ou substituição de componentes”.

Além disso, verificar as soldas das chapas metálicas do chassi e da carroceria pode revelar reparos feitos após colisão, já que soldas feitas em oficina diferem das realizadas na fábrica.

Detalhes que entregam a batida

Alguns sinais clássicos incluem desalinhamento de portas, capô e painel traseiro, bem como vãos irregulares entre as peças.

Flávio Figueiredo, consultor de veículos seminovos, orienta abrir e fechar portas, capô e porta-malas para conferir encaixes e alinhamento.

O compartimento do motor também merece atenção: observe se os parafusos que fixam os faróis estão intactos, se o conjunto está simétrico e se as etiquetas originais de fábrica permanecem no local. Qualquer deformação, ferrugem ou diferença de tonalidade na pintura pode ser um alerta de colisão anterior.

Nada de surpresas desagradáveis

Ao combinar consultas oficiais com uma análise minuciosa do veículo, é possível reduzir significativamente os riscos ao comprar um carro usado.

Observar detalhes como soldas, alinhamento das portas, tonalidade da pintura e etiquetas originais ajuda a identificar se o automóvel já sofreu colisão e garante que você faça uma compra segura, consciente e sem surpresas desagradáveis.

*Com informações UOL

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