Carros com GNV podem explodir? Veja o que dizem os especialistas e como se proteger
Manutenção caprichada é o que evita transformar seu carro numa bomba sobre rodas.
A tragédia ocorrida em um posto de combustíveis no Rio de Janeiro (RJ) recentemente reacendeu o debate sobre os perigos associados ao uso do gás natural veicular (GNV) como combustível.
A explosão resultou na morte de duas pessoas enquanto um carro era abastecido. Esse incidente ressalta a importância de práticas seguras na adaptação e manutenção de veículos movidos a GNV.
O GNV, embora seja seguro, requer cuidados especiais devido à sua natureza volátil. Comparado aos combustíveis líquidos, o gás natural já está em forma de vapor, o que aumenta o risco de explosão em caso de vazamentos.
Por isso, é crucial realizar a instalação e as manutenções em oficinas certificadas, seguindo rigorosamente as normas do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).
Principais fatores de risco e prevenção
A principal causa de acidentes envolvendo GNV está na instalação inadequada dos sistemas, frequentemente realizada em locais não autorizados.
A utilização de componentes não homologados aumenta consideravelmente os riscos de falhas graves. Especialistas enfatizam a necessidade de seguir padrões estritos para garantir a segurança dos usuários.
A segurança do sistema depende não apenas de uma primeira instalação correta, mas também de manutenções periódicas.
A vibração natural do veículo e os impactos das estradas podem comprometer a integridade das conexões e tubulações. Por isso, inspeções regulares são essenciais para detectar possíveis problemas.
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O Inmetro estabelece que os cilindros de GNV devem ser requalificados a cada cinco anos ou antes, se necessário. Esse processo inclui inspeções que garantem que os cilindros ainda atendem aos requisitos de segurança.
A inspeção anual é uma medida preventiva essencial para evitar acidentes, reforçando a importância do cumprimento das normativas técnicas.
GNV no Brasil: cenário atual
Embora tenha perdido popularidade desde o início dos anos 2000, o GNV ainda é uma realidade no Brasil, com 1.850 postos oferecendo o combustível.
O Rio de Janeiro lidera em termos de quantidade de veículos adaptados, seguido por São Paulo. Dados de 2025 indicam uma frota de 2.607.177 veículos aptos para GNV, demonstrando a relevância contínua desse combustível alternativo.