Mercado reage: ações da Xiaomi despencam após tragédia com carro elétrico
Acidente com veículo elétrico da Xiaomi gera queda de ações e debates sobre segurança e maçanetas eletrônicas.
A Xiaomi, conhecida por dominar o mercado de smartphones, vinha acelerando com força no setor de veículos elétricos, até que um acidente fatal na China freou o entusiasmo. Segundo a CNBC, um travamento nas portas do modelo SU7 impediu a saída dos ocupantes após um incêndio em Chengdu.
Imagens nas redes sociais mostraram tentativas desesperadas de resgate, mas a colisão com outro veículo terminou em tragédia. A polícia informou que o motorista, de 31 anos, era suspeito de estar alcoolizado no momento do acidente.
Nesta segunda-feira (13/10), as ações da empresa despencaram em Hong Kong, refletindo a preocupação dos investidores e reabrindo discussões sobre segurança e tecnologia automotiva.
Impacto no mercado financeiro
O mercado reagiu de forma imediata. As ações da Xiaomi recuaram mais de 5% nesta segunda-feira (13/10), marcando a maior queda desde abril deste ano. Antes do fechamento em Hong Kong, a desvalorização intradiária chegou a 8,7%, o que ampliou a volatilidade do papel.
Investidores incorporaram maior prêmio de risco após o acidente em Chengdu. Além disso, gestores monitoraram potenciais efeitos reputacionais no portfólio de veículos.
Enquanto isso, analistas destacaram que o noticiário sobre segurança pode afetar planos de produção e demanda no curto prazo.
Foto: Reprodução
O episódio ocorre poucos meses depois de a Xiaomi quase dobrar seu lucro líquido graças ao sucesso do segundo modelo da linha. Agora, o tom mudou: especialistas e reguladores debatem a confiabilidade das maçanetas eletrônicas, enquanto o mercado revisa expectativas e riscos associados à estreia da marca no competitivo universo dos carros elétricos.
Segurança e design das maçanetas eletrônicas
O episódio intensificou o foco sobre maçanetas eletrônicas, comuns em elétricos.
Diferentemente de mecanismos mecânicos, esses dispositivos dependem de sensores e energia. Assim, em cenários de incêndio ou falha elétrica, o acesso pode ficar comprometido, elevando o risco para ocupantes e socorristas.
Projetos de maçanetas eletrônicas buscam eficiência aerodinâmica e integração com sistemas do veículo, mas eventos críticos exigem redundância robusta e vias de escape claras. Além disso, especialistas pedem testes padronizados que contemplem fogo, choque e perda total de energia.
Medidas em avaliação
Autoridades na China avaliam proibir maçanetas eletrônicas, medida que afetaria diversos fabricantes. Já nos Estados Unidos, a Administração Nacional de Segurança no Tráfego Rodoviário apura relatos envolvendo problemas semelhantes com o Tesla Model Y.
Proibições ou requisitos adicionais podem redesenhar projetos de portas e protocolos de emergência. As fabricantes estudam redundâncias mecânicas mais visíveis, enquanto consumidores exigem transparência sobre procedimentos de escape e manutenção preventiva dos sistemas de travamento.