Será que vai dar certo? Ferrari enfrenta forte resistência em transição para elétricos
Marca italiana planeja lançar seu primeiro modelo elétrico em 2025, mas enfrenta resistência dos clientes.
A icônica fabricante de automóveis Ferrari está se preparando para um marco significativo em sua história com o lançamento de seu primeiro supercarro totalmente elétrico.
A apresentação está agendada para 9 de outubro de 2025, durante o Dia do Mercado de Capitais. No entanto, a expectativa não é unânime entre os clientes.
Os entusiastas da marca demonstram relutância em aderir a essa nova fase elétrica. A transição, que promete ser um evento global, chega em um momento em que a demanda por supercarros elétricos parece limitada. A Ferrari, contudo, mantém sua aposta na inovação.
Desafios da eletrificação no setor de luxo
A Ferrari já investiu significativamente na criação de um novo espaço de produção, o e-building. Este complexo, com área de 42.500 metros quadrados, foi projetado para a fabricação de motores elétricos e baterias.
O investimento de 198 milhões de euros (R$ 1,27 bilhão) reflete a aposta da marca na eletrificação.
Modelos previstos e adiamentos
O modelo inicial, conhecido como Elettrica, com preço superior a 500 mil euros (R$ 3,2 milhões), será lançado em três fases.
No entanto, a marca já adiou um segundo modelo elétrico, originalmente planejado para 2026. Agora, a expectativa é que chegue ao mercado apenas em 2028.
Confrontando a resistência do mercado
A paixão por motores a combustão ainda predomina entre os consumidores de supercarros. Para atender a esse público, a Ferrari busca soluções criativas.
A colaboração com Jony Ive, ex-designer da Apple, promete um design inovador. Além disso, o modelo contará com um “oscilador harmônico” para simular o som dos motores tradicionais.
Desempenho técnico e autonomia
O Elettrica promete um desempenho notável, com mil cavalos de potência e aceleração de 0 a 100 km/h em menos de dois segundos. A autonomia de mais de 500 km e o carregamento ultrarrápido são outros destaques.
Todos os componentes foram projetados internamente, garantindo controle total sobre o desenvolvimento.
Embora a Ferrari siga firme em sua jornada rumo à eletrificação, ela enfrenta um mercado que ainda não se mostra totalmente pronto para abandonar os motores tradicionais. O desafio está em equilibrar tradição e inovação, mantendo a identidade única da marca enquanto se adapta às demandas do futuro automotivo.
A transição, embora técnica e estrategicamente planejada, avança com cautela.