Troca de óleo: será que estão te empurrando serviço à toa? Veja como saber

Fazer a revisão do carro é um passo essencial para garantir segurança, desempenho e longevidade ao veículo. No entanto, muitos motoristas acabam sendo surpreendidos durante o atendimento em concessionárias com uma lista de serviços extras que elevam consideravelmente o valor final da manutenção. A dúvida é inevitável: vale a pena aceitar esses adicionais?

Embora algumas dessas recomendações possam ser legítimas, muitas fazem parte de uma prática conhecida como “empurroterapia”, em que atendentes são incentivados a oferecer procedimentos desnecessários.

Pesquise a reputação da concessionária

Antes de agendar qualquer revisão automotiva, dedique alguns minutos para pesquisar a reputação da loja. Plataformas como Reclame Aqui, Proteste e fóruns automotivos revelam o histórico de atendimento e as principais reclamações de consumidores.

Se possível, compare diferentes revendas da mesma marca, especialmente em cidades grandes, onde há mais opções de concessionárias credenciadas. Essa simples pesquisa pode evitar prejuízos e dores de cabeça.

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Conheça o que a revisão inclui

Um dos erros mais comuns é não saber exatamente o que o plano de revisão do carro cobre. O Manual do Proprietário é seu melhor aliado: nele estão descritos os serviços previstos a cada quilometragem, o tempo estimado e até o custo médio.

Ter essas informações em mãos ajuda a identificar cobranças indevidas e impede que o consumidor seja surpreendido com taxas adicionais disfarçadas de manutenção preventiva.

Mostre que você entende do assunto

Você não precisa ser mecânico, mas demonstrar conhecimento básico faz toda a diferença. Antes de entregar o carro, pesquise sobre os itens que serão verificados e, se possível, acompanhe o serviço.

Pergunte sobre o tipo de óleo, as peças substituídas e os testes realizados. Profissionais mal-intencionados tendem a recuar quando percebem que o cliente entende o que está sendo feito.

Desconfie de serviços adicionais

Muitos atendentes recebem comissão sobre os chamados serviços extras, o que explica o esforço em empurrar procedimentos “complementares”. Entre os mais oferecidos estão:

• Limpeza dos bicos injetores: só deve ser feita em casos específicos de falha, e não como manutenção preventiva.
• Alinhamento: recomendado a cada 10 mil km, mas dispensável se o veículo não apresentar vibrações, desgaste irregular dos pneus ou direção desalinhada.
• Higienização do ar-condicionado: necessária apenas a cada 20 mil ou 30 mil km; pode ser feita em casa com um spray bactericida.
• Flushing: limpeza química do motor raramente necessária em veículos bem cuidados.
• Descarbonização: só deve ser realizada após diagnóstico técnico comprovando o acúmulo de resíduos de carbono.

Informação é o melhor escudo contra abusos

Evitar a “empurroterapia” nas revisões é simples: informação, pesquisa e atenção. Conhecer o que realmente precisa ser feito no seu veículo impede que você caia em armadilhas e garante que a manutenção siga as orientações da montadora, sem comprometer a garantia de fábrica nem o seu orçamento.

Manter a revisão do carro em dia é essencial, mas pagar por serviços desnecessários nunca deve fazer parte do pacote.