Boom das motos elétricas no Brasil: vendas sobem 20% e marcas que você nunca ouviu dominam

Conheça as motos elétricas que estão fazendo sucesso e mudando a mobilidade urbana no Brasil.

O mercado de motos elétricas no Brasil vive um momento de aceleração sem precedentes. Entre janeiro e outubro de 2025, os emplacamentos registraram crescimento de 20,53%, saltando de 5.918 unidades em 2024 para 7.133 neste ano, segundo dados da Fenabrave.

Apesar de ainda representarem um nicho frente às motocicletas a combustão, esses números refletem o crescente interesse por soluções de mobilidade urbana sustentável e econômica.

Marcas alternativas lideram as vendas de motos elétricas

Diferentemente do mercado de carros, onde grandes montadoras globais dominam, o segmento de duas rodas eletrificadas é liderado por marcas especializadas e, muitas vezes, menos conhecidas do grande público. O Top 5 de motos elétricas mais vendidas no Brasil em 2025 mostra essa realidade:

1º lugar – VMOTO

  • Unidades Jan-Out 2025: 2.405
  • Participação de mercado: 33,72%

2º lugar – GCX

  • Unidades Jan-Out 2025: 1.104
  • Participação de mercado: 15,48%

3º lugar – WATTS

  • Unidades Jan-Out 2025: 514
  • Participação de mercado: 7,21%

4º lugar – SHINERAY

  • Unidades Jan-Out 2025: 504
  • Participação de mercado: 7,07%

5º lugar – SUPER SOCO

  • Unidades Jan-Out 2025: 394
  • Participação de mercado: 5,52%

A VMOTO, com modelos como o Super Soco CPx, lidera as vendas, enquanto GCX, WATTS e Shineray completam o ranking. Essas marcas apostam em scooters e motos urbanas, com baixo custo operacional, facilidade de recarga em tomadas comuns e autonomia adequada para o dia a dia nas cidades.

Super Soco CPx, moto elétrica mais vendida do Brasil (Foto: Divulgação/VMOTO)

Crescimento impulsionado pelas cidades

O aumento das vendas é concentrado nos grandes centros urbanos, onde a demanda por mobilidade prática e econômica é maior.

Pesquisas mostram que o crescimento no primeiro trimestre de 2025 chegou a superar 100% em relação ao mesmo período de 2024.

Curiosamente, nenhuma moto híbrida foi registrada, mostrando que o consumidor brasileiro busca soluções 100% elétricas.

Desafios do mercado de motos elétricas

Apesar do crescimento promissor, o setor ainda enfrenta obstáculos importantes:

  • Autonomia e preço: a maioria das motos elétricas oferece entre 80 km e 180 km de alcance, o que pode gerar insegurança para trajetos mais longos. Além disso, o preço ainda é mais elevado do que os modelos a combustão equivalentes.
  • Infraestrutura de recarga: fora dos grandes centros urbanos, a rede de eletropostos é limitada, obrigando muitos usuários a recarregarem os veículos em casa.
  • Regulamentação e fiscalização: a diferença entre bicicletas elétricas (sem necessidade de CNH ou emplacamento) e motos elétricas (com obrigatoriedade de registro) ainda gera confusão nas cidades.

Perspectivas para o futuro

A expectativa é que o cenário evolua rapidamente com a entrada de grandes fabricantes, como Honda e Yamaha, que já lançaram modelos elétricos como a scooter Neo’s.

Essa concorrência deve reduzir os preços, aumentar a autonomia das baterias, estimular incentivos governamentais e expandir a infraestrutura de recarga, consolidando as motos elétricas como protagonistas da mobilidade urbana no Brasil.

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