Nova marca chinesa prepara ofensiva no Brasil com três SUVs híbridos 2026

Marca do grupo Chery estreia com 40 lojas e planos de produção no Ceará.

A invasão chinesa do setor automotivo ganha novo capítulo com a chegada oficial da Jetour ao Brasil. Integrante do grupo Chery, a marca estreia em 2026 com três SUVs híbridos plug-in que prometem unir desempenho, eficiência e tecnologia.

O plano inclui a abertura de 40 concessionárias na largada e foco em experiências conectadas para diferentes perfis de motorista, do urbano ao aventureiro.

Diferente da Caoa Chery e da Omoda & Jaecoo, a Jetour atuará de forma totalmente independente. Essa estratégia busca flexibilidade e identidade própria em um mercado cada vez mais competitivo.

Estratégia e operação no país

A operação começa em grande escala: 1,5 mil unidades devem desembarcar no país já em dezembro de 2025. Com centro de distribuição em Cajamar (SP), a marca aposta em logística ágil e pós-venda robusto para consolidar presença entre os híbridos de nova geração.

Para estruturar vendas e pós-venda, a Jetour montará equipe própria, treinamento técnico e logística dedicada. Além disso, a marca decidiu não participar do Salão do Automóvel de São Paulo, em novembro, priorizando disponibilidade real de produtos.

Desse modo, quer alinhar expectativa do público com entregas imediatas no lançamento.

Três SUVs para públicos distintos

Na largada, a família de SUVs combina propostas complementares. Enquanto o S06 privilegia o cotidiano urbano, o T1 adota visual robusto e soluções de eficiência. Já o T2 recebe pacote off-road e acabamento avançado para disputar o segmento premium. Portanto, a cobertura vai da cidade às trilhas.

S06: urbano conectado e eficiente

O Jetour S06 reúne um motor 1.5 turbo a gasolina de 128 cv e um elétrico de 203 cv, somando 331 cv. Além disso, a bateria de 19,4 kWh aceita recarga em AC e DC. Por dentro, oferece bancos ventilados, ar-condicionado de duas zonas e central multimídia de 15,6 polegadas.

Foto: Divulgação/Jetour

T1: visual aventureiro e foco em custo

Com 4,7 metros de comprimento e 2,8 metros de entre-eixos, o T1 utiliza o mesmo conjunto híbrido do S06 e traz bateria de 26,7 kWh, com promessa de autonomia ampliada. Entretanto, o modelo será vendido apenas com tração dianteira no Brasil. Por outro lado, a versão 4×4 de 568 cv existente na China não virá.

Foto: Divulgação/Jetour

T2: off-road de pegada premium

O T2, apelidado de “Land Rover chinês”, mede 4,78 metros de comprimento e dois metros de largura, com configurações 4×2 ou 4×4. Ele combina o 1.5 turbo a dois motores elétricos para potência próxima de 340 cv e 52 kgfm.

Inclui som Sony de 12 alto-falantes, teto panorâmico, bancos com aquecimento e ventilação e câmera 360°. Como rival direto do GWM Tank 300, posiciona a Jetour entre os híbridos premium.

Foto: Divulgação/Jetour

Logística e produção local

A fase de introdução terá planejamento logístico definido. O primeiro lote chegará ao porto de Vitória (ES) em dezembro de 2025, de onde seguirá às lojas. Assim, a distribuição alimentará a rede inicial e sustentará o lançamento do primeiro trimestre de 2026.

Em paralelo à importação, a Jetour avalia produzir no Brasil em curto e médio prazos. Entre as opções, o Polo Automotivo do Ceará, em Horizonte (CE), surge como possibilidade.

A empresa estuda compartilhar estruturas com outras operações do grupo ou adquirir uma fábrica. “Podemos comprar uma fábrica, reformar uma já existente ou construir do zero”, afirmou Henrique Sampaio, diretor de Marketing e Produto, à Quatro Rodas.

Com T2, T1 e S06, a Jetour estrutura uma entrada abrangente e técnica no país. Enquanto reforça a independência de Caoa Chery e de Omoda & Jaecoo, mira competir com gigantes. A combinação de rede, logística e possível produção local eleva a ambição da marca.

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