Reestruturação da crise: Nissan anuncia demissões e fechamento de fábricas

Nissan revela plano estratégico para reestruturação financeira, incluindo demissões em massa e fechamento de fábricas até 2027.

A montadora japonesa Nissan enfrenta uma crise financeira que resultou em medidas drásticas para uma reestruturação abrangente. Anunciado recentemente, o plano prevê a demissão de cerca de 20 mil funcionários até o ano fiscal de 2027.

A decisão, que impacta diretamente a força de trabalho global da montadora, vem após um significativo declínio no lucro operacional.

Além das demissões, a Nissan planeja fechar sete de suas fábricas, reduzindo a operação de 17 para 10 unidades. Este movimento visa cortar custos e otimizar a produção, em resposta a um lucro operacional que despencou 88% no último ano fiscal.

O presidente e CEO da empresa, Ivan Espinosa, destaca a urgência de autoaperfeiçoamento para alcançar estabilidade financeira.

Medidas de reestruturação

O plano de reestruturação objetiva economizar 500 bilhões de ienes, garantindo a lucratividade operacional e o fluxo de caixa livre até o ano fiscal de 2026.

Com isso, a Nissan espera ajustar sua estratégia, focando em produtividade e eficiência, enquanto enfrenta um ambiente econômico desafiador e custos variáveis crescentes.

Uma das principais ações inclui a redução de fábricas de 17 para 10, além de ajustes nos turnos de trabalho e uma significativa diminuição nas despesas de capital. A empresa também cancelou a construção de uma fábrica de baterias planejada em Kyushu.

No mais, a Nissan reformulará seu painel de fornecedores, buscando consolidar o volume de aquisições e eliminar ineficiências. Assim, a empresa espera desafiar e superar padrões estabelecidos anteriormente.

A marca está redesenhando seus processos de desenvolvimento, visando reduzir os custos de engenharia e a complexidade das peças em 70%.

Espera-se que a integração das plataformas reduza seu número de 13 para 7 até 2035.

Foco no futuro e mercado

Especialistas apontam que a Nissan está correndo atrás de prejuízos causados por gestões passadas.

A estratégia agora é concentrar esforços em mercados-chave, como Estados Unidos, Japão, China e Europa, priorizando modelos de alto volume para impulsionar o desempenho e a marca.

A iniciativa busca não apenas consolidar a posição da Nissan no mercado global, mas também redefinir sua abordagem estratégica em meio a desafios financeiros significativos.

É um movimento que visa garantir uma base sólida para o futuro da empresa no competitivo setor automotivo.

você pode gostar também