CNH mais barata: uso de veículo próprio no Detran reduz custo para R$ 645

Detran libera uso de carro próprio na prova e transforma o processo da CNH.

A emissão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) está passando por uma das maiores transformações das últimas décadas.

Uma nova regulamentação do Contran promete reduzir drasticamente o custo do processo, podendo chegar a R$ 645, ao permitir que o candidato utilize seu próprio veículo tanto nas aulas quanto no exame final do Detran.

A mudança, além de baratear o processo, traz mais autonomia, segurança e familiaridade para quem está começando no trânsito.

Como funciona tirar a CNH usando seu próprio carro?

Foto: iStock

A novidade rompe com a dependência histórica das autoescolas. Agora, o candidato pode realizar as aulas práticas e a prova de direção no Detran com seu próprio carro, ou até mesmo com o veículo de um amigo ou familiar.

Essa flexibilização resolve um problema comum entre os alunos: o nervosismo de dirigir um carro desconhecido no dia do exame. Com um veículo familiar, cuja embreagem, freios e comportamento já são dominados, o candidato tende a desenvolver mais segurança e a reduzir o risco de reprovação.

Essa mudança também abre espaço para o instrutor independente, uma nova categoria regulamentada para acompanhar o aluno durante os treinos.

A regra vale para todas as categorias da CNH?

Sim. A liberação foi amplamente aprovada e inclui todas as categorias de habilitação: A, B, C, D e E.

Isso significa que o candidato pode realizar o exame até mesmo em um carro automático, sem sofrer qualquer tipo de restrição na carteira. O veículo usado na prova não define limitações para a CNH, o que torna o processo ainda mais acessível e flexível.

Regras para usar o carro próprio no exame do Detran

Apesar da facilidade, o veículo utilizado precisa respeitar critérios definidos pela Senatran, garantindo segurança e condições adequadas de uso. Entre os requisitos, estão:

  • Motos (Categoria A): até 8 anos de fabricação;
  • Carros (Categoria B): até 12 anos de fabricação;
  • Caminhões e ônibus: até 20 anos de fabricação.

O veículo também deve estar totalmente regularizado, com documentação em dia, equipamentos obrigatórios funcionando e condições de segurança validadas pelo órgão de trânsito.

Menos carga horária: fim da obrigatoriedade de 20 aulas práticas

Outra mudança significativa é a redução da carga horária mínima. Antes, o candidato precisava cumprir 20 horas-aula obrigatórias em uma autoescola.

Agora, são exigidas apenas 2 horas/aula práticas, que podem ser feitas com um instrutor independente ou mesmo com um familiar habilitado, desde que respeitando as regras da lei.

Com isso, o processo torna-se menos burocrático e muito mais econômico, já que o aluno pode treinar livremente com o próprio veículo sem pagar valores elevados por hora extra.

Instrutor independente: o “Uber da CNH”

A regulamentação também cria oficialmente a figura do instrutor autônomo, profissional que não está vinculado a uma autoescola tradicional. Para atuar, ele precisa:

  • Ter mais de 21 anos;
  • Ser habilitado há pelo menos 2 anos;
  • Concluir um curso de capacitação;
  • Estar cadastrado no Detran.

Isso permite que o candidato escolha o instrutor que desejar e treine em horários flexíveis, pagando muito menos.

Quando a nova regra começa a valer?

A resolução já foi aprovada por unanimidade no Contran e entra em vigor oficialmente assim que for publicada no Diário Oficial da União (DOU).

A partir desse momento, os Detrans de todo o país começarão a se adequar ao novo modelo.

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