Vai pegar estrada ou avião? Veja como viajar com seu pet sem estresse

Saiba como garantir a segurança e bem-estar do seu pet durante viagens e férias de fim de ano.

Viajar no fim de ano já não é mais uma experiência exclusiva dos humanos. O deslocamento de pets pelo Brasil se consolidou como uma tendência forte e permanente: mais de 20 milhões de cães e gatos cruzam o país todos os anos, acompanhando suas famílias em férias, festas e reencontros.

No entanto, para que a viagem seja sinônimo de descanso, e não de correria ao veterinário, especialistas reforçam que a preparação do pet deve começar muito antes de arrumar as malas.

Planejamento, prevenção e atenção aos detalhes são os pilares para garantir viagens seguras com animais de estimação, especialmente durante o período mais quente e movimentado do ano.

Turismo pet friendly cresce, mas exige cuidados redobrados

O avanço do turismo pet friendly reflete uma mudança profunda na relação entre pessoas e animais. Hoje, os pets são membros da família e participam ativamente da rotina de lazer. Hotéis, pousadas e até restaurantes passaram a se adaptar a essa nova realidade.

Porém, esse aumento na circulação de animais exige cuidados preventivos rigorosos. Dados do Instituto Pet Brasil apontam que a procura por atendimentos veterinários preventivos cresce cerca de 30% nos meses de novembro e dezembro, justamente em função das viagens.

A recomendação de redes especializadas, como a WeVets, é revisar com antecedência o calendário vacinal do pet. Além das vacinas obrigatórias, como antirrábica e V8 ou V10, pode ser necessário incluir proteções extras, como vacina contra gripe canina e prevenção contra leishmaniose, especialmente para destinos litorâneos ou regiões endêmicas.

Clima, calor e os riscos invisíveis do verão

O verão brasileiro impõe desafios que vão além das altas temperaturas. Mudanças bruscas de clima, aumento da umidade e exposição prolongada ao sol podem desencadear problemas respiratórios, dermatológicos e cardiovasculares nos animais.

Raças braquicefálicas, como Pug, Bulldog, Shih-tzu e gatos Persas, sofrem ainda mais com o calor devido à anatomia facial, que dificulta a respiração e a troca térmica.

Outro ponto crítico é o solo quente. Areia e asfalto podem atingir temperaturas extremas, causando queimaduras nas patas.

O ideal é evitar passeios entre 10h e 18h. Além disso, o verão favorece a proliferação de pulgas, carrapatos e mosquitos, elevando o risco de doenças graves como dirofilariose (verme do coração) e erliquiose.

Foto: Shutterstock

Como viajar com pet de carro ou avião com segurança?

A segurança durante o trajeto envolve não apenas conforto, mas também obrigações legais. Veja:

  • Viagem de carro

No transporte rodoviário, o uso de cinto de segurança específico, caixa de transporte ou assento adequado é obrigatório.

Recomenda-se realizar paradas frequentes para hidratação e descanso. Em casos de animais muito ansiosos, o veterinário pode avaliar o uso de suporte farmacológico leve, sempre com prescrição profissional.

  • Viagem de avião

No transporte aéreo, o planejamento deve ser minucioso. Cada companhia possui regras próprias de peso, dimensões e acomodação, mas há uma exigência universal: o atestado veterinário de saúde, emitido poucos dias antes do embarque. Sem esse documento, o pet não pode viajar, seja em voos comerciais ou executivos.

Adaptação no destino: o segredo do bem-estar

Ao chegar ao local da viagem, a adaptação do animal deve ser feita com calma. Levar objetos familiares, como cama, brinquedos e mantas, ajuda o pet a reconhecer o ambiente como seguro, reduzindo ansiedade, estresse e alterações no apetite.

Respeitar os limites físicos e emocionais do seu animal é essencial. Com planejamento, prevenção e carinho, a viagem deixa de ser um risco e se transforma em uma experiência tranquila, segura e inesquecível para toda a família, humanos e pets.

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