Solução inovadora para carros nacionais da Chevrolet pode estar na China
Por lá, a marca já possui veículos híbridos com tecnologia que atende às demandas do mercado brasileiro.
Em 2021, quando a Ford cerrou suas atividades no Brasil, surgiram especulações sobre a possibilidade de outras montadas seguirem o mesmo caminho. Rumores sugeriam que Honda, Volkswagen e General Motors (GM), dona da Chevrolet, também encerrariam suas atividades industriais no país.
No entanto, essas especulações se mostraram infundadas, e, na realidade, o oposto é coincidente. A Chevrolet anunciou nesta semana que fará investimentos em novos produtos “muito em breve”.
Embora não tenhamos informações precisas sobre esses investimentos, o caminho que parece decisivo para todo o setor automobilístico é a hibridização da produção. Isso deve ao fato de o Brasil precisar ter uma frota com baixa emissão de carbono, e os veículos 100% elétricos, por serem mais caros, estão fora do alcance da maioria da população.
Hibridização
Os modelos híbridos, especialmente aqueles que podem ser abastecidos com etanol, atendem às preocupações ambientais sem adicionar significativamente ao preço de compra do veículo. Diante desse cenário, diversos fabricantes já anunciaram planos para a produção de híbridos no país nos próximos anos. Empresas como o Grupo Stellantis, Renault, Volkswagen, BYD e GWM devem inaugurar fábricas no Brasil em 2024.
A Toyota, que já produz veículos híbridos-flex nacionalmente, indica a expansão da produção no próximo ano. Por outro lado, em 2022, a GM afirmou que sua estratégia era pular diretamente dos modelos de combustão para os elétricos, sem produzir híbridos. Essa afirmação gerou rumores de que a Chevrolet abandonaria a produção nacional.
China
No entanto, é preciso considerar um fato importante nesse contexto: a China. A GM produz híbridos no país asiático com diferentes níveis de tecnologia. Um exemplo é o Chevrolet Monza, com sistema híbrido-leve, motor 1.3 a turbo e um superalternador para um sistema elétrico de 24V.
Esse conjunto pode ser adaptado para o uso de etanol, uma vez que o propulsor pertence à mesma família das unidades 1.0 e 1.2 fabricadas no Brasil.
Origens chinesas dos modelos da Chevrolet
O compartilhamento de produtos e tecnologias entre China e Brasil já faz parte da rotina da Chevrolet há anos. O Tracker e a linha Onix, por exemplo, têm origem em projetos desenvolvidos no país asiático. Assim, não faltam alternativas para a aplicação de tecnologias que permitam a hibridização da frota da marca.