Diesel e gás de cozinha vão sofrer alta de imposto no próximo ano
Como não há desoneração prevista para os combustíveis em 2024, a tendência é que haja uma alta de valores já no início do ano.
O ano de 2024 já vai começar com a previsão de aumento nos impostos para o diesel, biodiesel e gás de cozinha. Isso porque, conforme informação da Secretaria da Receita Federal, não há previsão de desoneração de combustíveis para o próximo ano. Portanto, ao que tudo indica, o ajuste vai pesar no bolso do consumidor final.
A medida de não haver desoneração faz parte da meta do Governo Federal em tentar zerar o deficit nas contas públicas. Contudo, é preciso estar atento: a ação pode ter como consequência um impacto na inflação.
Vale lembrar, inclusive, que a gasolina e o etanol, assim como a querosene de aviação, sofreram com a desoneração no decorrer deste ano.
Impactos
Como o diesel é o combustível usado pelos caminhões para o transporte de cargas nas estradas brasileiras, a desoneração do combustível afeta toda a cadeia produtiva, uma vez que aumenta o valor da logística de transporte. Assim, possivelmente haverá reajuste no preço final de diversos produtos devido ao encarecimento do transporte.
Outro ponto que sofre impacto direto com a alta do diesel é o transporte público, que geralmente se utiliza deste combustível. Neste cenário, a tendência é que ocorra reajustes nos valores das passagens.
Aumento
Projeções do Instituto Combustível Legal (ICL), assim como da Federação Nacional das Distribuidoras de Combustíveis (Brasilcom), apontam que o aumento do diesel deverá ser de:
- Diesel A: aproximadamente R$ 0,35 por litro;
- Biodiesel: aproximadamente R$ 0,15 por litro;
- Diesel B (mistura do diesel A e biodiesel): aproximadamente R$ 0,33 por litro.
Gás de cozinha
Já quando o assunto é o gás de cozinha, a desoneração pesa mais no bolso das famílias de baixa renda, assim como para os restaurantes que usam fogão a gás no preparo das refeições.
Atualmente, segundo o site oficial da Petrobras, o preço médio do botijão é de R$ 101,32. Com o retorno dos impostos federais, deve haver um aumento de R$ 2,18.