Imposto de importação, que nada! Brasil quer vender 40 mil eletrificados a mais em 2024

Imposto sobre eletrificados importados retorna progressivamente a partir de janeiro; Ainda assim, mercado está otimista com vendas.

O novo ano já vai começar com o retorno progressivo do imposto de importação para carros eletrificados. Ainda assim, a Associação dos Fabricantes de Carros a Bateria (ABVE) traça um cenário otimista para 2024: a venda de 120 mil modelos, ou seja, 40 mil a mais do que o comercializado em 2023.

A Associação também acredita que os híbridos seguirão como carro-chefe entre os eletrificados, principalmente os plug-in.

2023

De janeiro a outubro deste ano, houve o emplacamento de 67.047 veículos eletrificados leves.

Nesse contexto, os híbridos não plug-in, como, por exemplo, o Toytoa Corolla Cross, somam 39% das vendas. Já os híbridos plug-in ficam com 36% da fatia de vendas, enquanto os puramente elétricos representam 25% do montante total.

A expectativa é fechar o ano com 80 mil eletrificados vendidos. E a projeção para 2024 é ainda mais animadora: 120 mil carros.

Aumento das vendas

O aumento de 50% das vendas dos carros elétricos para o próximo ano é, na verdade, bem mais tímido do que o movimento percebido entre os dez primeiros meses deste ano, quando comparados ao anterior. Neste período, o mercado cresceu 73%. A projeção mais contida fica na conta do aumento do imposto de importação, já que, até então, estava suspenso.

Imposto de importação

A alíquota de imposto, no mês de janeiro, será de 12% para os modelos híbridos, 25% em julho de 2024 e 30% em julho de 2025. O topo ocorrerá em julho de 2026, quando a alíquota chegará aos 35%.

Já quando se trata dos híbridos plug-in, as taxas serão de 12% (Janeiro de 2024), 20% (Julho de 2024), 28% (Julho de 2025) e 35% (Julho de 2026).

No caso dos elétricos, essa sequência fica em 10% (Janeiro de 2024), 18% (Julho de 2024), 25% (Julho de 2025) e 35% (Julho de 2026).

Esse movimento de retorno de imposto aos importados se baseia no argumento de que a isenção, existente desde 2015, pode atrapalhar o desenvolvimento da cadeia automotiva nacional.

Mercado

Tudo o que envolve o retorno do imposto sobre importação divide opiniões no mercado automobilístico brasileiro. De um lado, as montadoras recém-chegadas no país acreditam que o mercado ainda é incipiente para o fim do benefício. Na outra ponta estão as marcas já estabelecidas que defendem o momento como propício para incentivar a produção nacional.

Porém, ao que tudo indica, o retorno do imposto sobre importação deve gerar uma baixa de disponibilidade de veículos elétricos à venda, o que pode, na prática, espantar empresas que tinham o interesse de testar o mercado nacional antes de se instalar de vez por aqui.

você pode gostar também